Capítulo 20

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Quem é vivo sempre aparece, né... 

Oi novos leitores, acho que alguns não chegarem nesse capítulo ainda, mas é isso ai, espero que estejam gostando da história. 

Boa leitura, não esqueçam de votar e comentem bastante. 

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Pov: Danielle

Nossa noite não foi uma das melhores, eu não conseguia relaxar e Stefania levantou algumas vezes para chorar dentro do banheiro, quando vi a italiana saindo da cama outra vez, tirei o edredom de cima do meu corpo e apressei meus passos para acompanhá-la, colocando minha mão na porta para não bater no meu rosto, ela apoiou suas mãos na bancada da pia, me fazendo lembrar de todas as vezes que fiz aquilo quando estava querendo sumir, aproximei, tocando em seu braço para tentar acalmá-la, soltando um suspiro quando a morena tirou minha mão e olhou para baixo, eu queria protegê-la do mesmo jeito, mas ela não queria ceder, era como se uma parede fosse construída envolta dela quando estava triste, e eu não sabia disso, porque eu nunca visto Stefania daquele jeito.

— Não faça isso. - Falei, encostando na parede para observar nossos reflexos, passei minhas mãos por minhas coxas, e inclinei meu corpo para frente, respirando fundo. — Estou tentando cuidar de você.

— Você quase morreu. - Foi tudo que ela conseguiu falar antes de soluçar e voltar a chorar, suas mãos apertaram as laterais da bancada com força, conseguia ver as veias de sua mão e o quanto ela estava tremendo, balancei minha cabeça, tentando aproximar novamente, deslizando minha mão por suas costas. — Não posso viver assim, Danielle, há algumas semanas achei que aconteceria algo comigo, o que não ligo, mas não posso viver sem você. - Escutar aquilo foi como uma facada no meu coração, eu nunca tinha visto Stefania com tanto medo, me fazendo cair na realidade e pensar no quanto sou egoísta, com tanta confusão, nunca parei para perguntar se ela estava bem, se estava conseguindo lidar com tudo.

— Acha que não fico com medo quando tenho minhas visões? Quando estou vendo você morrer em meus braços? Nem por isso tento te afastar!

— Já tentou, e lembro muito bem da sua ligação. - Ela retrucou com a voz manhosa, empurrando meu braço, respirei fundo, passando as mãos por meus cabelos.

— Por favor, Stefania, eu mal conhecia você. - Resmunguei, tendo em mente para onde aquela conversa estava indo, e não seria nada saudável para nós duas. — Não queria te machucar.

— Então, não deveria ter ido atrás de mim, porque isso está me machucando.

— Não é a primeira vez e nem última, eu sempre falei pra você ficar longe quando contei o que estava acontecendo comigo, e você não quis, sua escolha foi passar por tudo ao meu lado.

— Não sabia que seria tão doloroso até ver você afogando na minha frente porque desmaiou por causa das suas visões, e se eu não tivesse entrado no banheiro? É tudo minha culpa, se você não tivesse me conhecid- - Agarrei o braço de Stefania e a puxei contra meu corpo, colocando uma mão de cada lado do seu rosto para encarar seus olhos, ela relutou, mas logo relaxou seus ombros, cruzando nossos olhares, era tão ruim não ver o brilho em seu olhar.

— Não vou deixar você fazer isso, não é sua culpa, é isso que minha mente quer, Stefania, essa discussão, o choro, a culpa, a dor, e ela vai continuar tentando me machucar, quanto mais rápido ela acabar comigo, melhor. - Soltei tudo de uma vez, sentindo a intensidade do seu olhar invadir minha mente, afastando qualquer pensamento ruim, ela não falou nada e abraçou meu corpo com força, enfiando seu rosto na curvatura do meu pescoço. — Eu amo você, Stefania.

Butterfly EffectWhere stories live. Discover now