Capítulo 17

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Quando você está por perto, meu coração fica em festa.

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Algumas semanas se passaram e, por fim, o dia tão esperado: sábado, aniversário de Vicente.

O salão de festas da luxuosa mansão dos Fernandes fora decorada com flores brancas e violetas (e algumas vermelhas também) de vários tipos. Sabrina fizera toda questão de deixar o ambiente estupendo, como em todos os anos, e conseguira.

Os convidados começavam a entrar timidamente. A alguns metros da entrada, Danilo, Elisa, Maria e Sabrina observavam a movimentação da entrada, na expectativa do que os esperava àquela noite.

― Não sei porque meu pai insiste em festa todos os anos, é tão fora de moda – Elisa, comentou, um tanto desanimada.

Os outros três riram.

― Ah, eu gosto – Maria fitou a irmã com um sorriso simples – é bom ver meu pai se divertir na companhia dos amigos.

― Bem que ele podia pensar em algo menos cheio de gente – Elisa continuou. – Podíamos viajar os cinco para um lugar isolado, e passarmos  uma semana longe de tudo – finalmente ela sorriu animada.

― Sério mesmo que está sugerindo isso? – Sabrina esticou o pescoço para encarar a filha, com um ar incrédulo.

― Ela não sabe o que diz – Danilo riu. – No terceiro dia da viagem, íamos estar nos odiando.

― Acho melhor deixar tudo como está mesmo, Lisa – Maria disse, rindo.

Elisa bufou.

— Carol vai vir? – a mais nova perguntou depois de algum tempo quieta.

— Não, não – Maria a olhou. – Ela me ligou mais cedo dizendo que não poderia vir. Ela já tinha um trabalho marcado para hoje – explicou.

— Quem é Carol? – Sabrina perguntou curiosa.

— A dona da agência onde faço fotos – a filha respondeu cheia de si.

— Ah, sim – a mãe maneou a cabeça em concordância. – Queria muito conhecer essa menina, vocês sempre falam tão bem dela.

— Na verdade, mãe, ela não é uma menina, ela tem quase cinquenta anos.

Sabrina ficou boquiaberta com a declaração da filha.

— Ah, mas ela não parece ter a idade que tem – Maria interveio. – Ela está muito melhor do que muita garotinha por aí.

Os quatro passaram os minutos seguintes apenas observando. Danilo foi quem acabou com o silêncio:

― Ih, olha só quem chegou. Afonso.

De repente os quatro pares de olhos estavam na mesma direção, encarando o senhor calvo, que se mantinha de pé com a ajuda de uma bengala.

― Ah, não – Elisa bufou uma vez mais. – Por que meu pai o convida todos os anos? Ele sempre faz comentários tão desnecessários.

― Talvez por que ele seja o vice presidente da Monumental? – Danilo se divertia com a animação da prima.

― Pior é que ele não pode me ver que insiste em apertar minhas bochechas, como se ainda tivesse sete anos – Maria suspirou.

― Tratem de mudar essas caras, porque ele está vindo para cá – Sabrina os alertou.

― Até mais – Danilo deu um sorrisinho sacana e se retirou.

― Traidor – Elisa murmurou.

Sintomas de AmorWhere stories live. Discover now