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* Okay, PRIMEIRA TENTATIVA DE CASHTON! Quem tá animado?! \o/ (vácuo). Enfim, vamos aos avisos:

* Essa fanfic contém conteúdo maduro, obviamente, porque meus pensamentos são +18

* Vão aparecer muitos nomes de grifes caras e tal, porque Calum é um stylist divo, mas não vou ficar dizendo o que é marca e o que não é. Só vou fazer um esforço de usar as mais conhecidas, pra ninguém ficar perdido

* Não esperem romance perfeito nos primeiros cap. Já vou avisando que essa droga vai de mal a pior KKKKKK'

                                                             - CHEGA DE AVISO -

Havia dois tipos de pessoas no mundo; as que criavam coisas, e as que transformavam essas coisas em outras coisas. Essa ação, de transformar uma coisa em outra, deu origem ao verbo "personalizar", cuja definição eu sempre conheci muito bem. Era tão natural quanto respirar.

Personalizar é sinônimo de criar quando se faz uma coleção. Uma bolsa vai ser sempre uma bolsa, mas o tamanho, as cores, o tipo de alça, tudo isso é definido através da personalização. Um pouco parecido com os seres humanos. Todos possuíam os mesmos ossos e músculos, mas haviam sido personalizados de formas diferentes. Suas cores, tipos de cabelo e alturas eram sempre variáveis.

Personalizar roupas sempre foi meu ponto forte. Herança de minha mãe, que vivia costurando no quintal dos fundos, sempre ao ar livre. Minha irmã mais velha nunca se interessou em aprender a arte, mas eu, sim. E muito. Cheguei ao ponto de apanhar várias vezes de meu pai por insistir em aprender a costurar com minha mãe, logo depois da escola de futebol. E com o tempo entendi que quanto mais gols fizesse durante as partidas, menos meu pai se importaria com minhas "manias estranhas".

Quando a arte de costurar foi finalmente passada adiante, não havia ninguém capaz de me segurar. Como minha mãe era obviamente fêmea, ela me ensinou apenas a fazer roupas bem simples, e femininas. E foi assim que comecei. O guarda-roupa de Mali-Koa, minha irmã, tornou-se praticamente um laboratório. Seus vestidos velhos tornaram-se saias e blusas, suas blusas de botões ganharam fecho èclair, e as calças jeans ganharam rasgos feitos simetricamente. Mesmo os vestidos brancos de domingo da mamãe ganharam vida quando aprendi a tingir tecidos em casa. Algumas panelas se perderam no processo, e também algumas roupas, mas quando peguei o jeito, foi uma vitória.

Se meu pai antes odiava minhas "manias estranhas", quando descobriu que podia economizar nas compras para as mulheres da casa, seu conceito mudou. Seu bolso pesava mais do que a consciência de que seu único filho homem estava seguindo um caminho diferente. E, por falar em meu pai, David morreu mais ou menos quando mais precisei dele, durante a adolescência. O álcool foi seu melhor companheiro, e o apunhalou pelas costas cedo demais.

Mas foi somente após sua morte que decidi que estava na hora de expandir meus horizontes. Ele sempre quis que eu agisse mais como um garoto, e prometi que faria isso por ele. Sem deixar meus sonhos de lado, é claro. Então, numa noite me revirando na cama por estar sem sono, tomei coragem e fui pela primeira vez ao quarto dele desde sua morte. Mamãe ainda estava no andar debaixo, provavelmente fazendo café, quando abri as portas do velho guarda-roupa de madeira dele.

David Hood havia servido ao exército por anos, e tinha uma coleção particular de botas, fardas, e, o principal, jaquetas. E foi a partir dessas últimas que me tornei o que sou hoje.

"Calum, é verdade que você recebeu uma proposta de emprego na Marc Jacobs?"

"Calum, você está realmente saindo com uma das angels da Victoria's Secret?"

Close as Strangers ✂ CashtonOnde as histórias ganham vida. Descobre agora