17.00

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Atrasada, sim, claro? É isso ai. Vivendo e aprendendo. Sorry. Amo vocês. Amo Cashton. Amo o Luke e o odeio ao mesmo tempo, mas vamo q vamo.

Calum POV



Já estávamos há mais de quinze minutos na calçada. Hayden tentava chamar um táxi com o seu jeito desengonçado de estagiário, plantado no meio-fio. Seus braços se sacudiam na direção dos veículos da avenida principal, em frente ao prédio da CK, e eu permanecia respondendo as mensagens de Connor, meu chefe. Minha expressão continuava neutra, embora eu já estivesse para lá de impaciente.

—Hayden?— o chamei, tentando soar pouco irritado.

Ele engoliu em seco, olhando em minha direção. —Eles simplesmente não param, Sr. Hood.

—Calum— corrigi, pela milésima vez desde que ele havia sido contratado. —Apenas Calum, Hayden. Quer saber, só segure as sacolas.— apontei com a cabeça na direção dos enormes sacos plásticos depositados na calçada, próximos de mim.

Ele seguiu minhas ordens, e no segundo seguinte eu estava no meio da rua, os óculos escuros encarando o vidro do táxi que freou de forma tão bruta que o som das pastilhas se desgastando preencheu a avenida. Sorri na direção do motorista, cínico, e fui até a porta do banco traseiro, abrindo-a para Hayden. —Coloque as sacolas no seu pé.

Hayden entrou, e eu o segui, fechando a porta. —George St, próximo da livraria de New South Wales.

O taxista não nos cumprimentou, e não me senti particularmente ofendido com isso.

—Ahn, Sr. Hood?

Rolei os olhos. —Diga, Hayden.— bloqueei a tela do celular, enfiando-o no bolso da jaqueta.

—O que vamos fazer nessa galeria?

—Cobrar um favor.— respondi apenas, encarando a janela. Podia sentir os olhos de Hayden em mim, curiosos. Ele queria perguntar mais, e embora eu não tivesse intenção alguma de iniciar uma conversa, o fiz por educação. —Um velho amigo meu trabalha coletando artistas para exposições.

—Achei que Michael fosse um artista.

Sua observação me surpreendeu. Ele era bastante atento, até. —Sim. Vou apresentar o trabalho dele à galeria, indiretamente.

—Ele sabe disso?

—Não.

—Então por que está fazendo?

O fuzilei com os olhos. —Nem tudo tem que ter retorno na vida, Hayden. Se começar a falar como a Lauren vou te colocar no olho da rua, ouviu?

Ele engoliu em seco, ajeitando os óculos de armação grossa. Seus cabelos haviam crescido até um black power em potencial, e eu admirava seu estilo afro punk. Talvez até invejasse um pouco, embora ele jamais fosse saber disso. —Hayden?

O estagiário me olhou em expectativa. —Estou indo embora. Percebeu isso, não?

—Não entendo o motivo.— foi sincero, mordendo o lábio inferior. —Essa sede é sua, praticamente.

—Connor vai contratar outros estilistas. Eu teria um andar reservado para mim em NY, de toda forma.— tentei soar mesquinho, porque talvez isso afastasse seu interesse.

Tentativa falha.

—Mas você gosta daqui— afirmou —eu vejo isso, Sr. Hood. Por que apenas não viaja por um tempo?

Pensei na pergunta por um tempo, em silêncio. O taxista parou num sinal vermelho, e encarei a luz até que a mesma se tornasse verde. O caminho livre. Cruzamos a esquina, e a reta se estenderia até New South Wales, agora.

Close as Strangers ✂ CashtonTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang