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Voltei. Eu disse que ia postar mais rápido agora u.u Dito e feito.

* Outfit do Mike na mídia *---* made by: Calum Hood.

Boa leitura :)



— Me dê um bom motivo para eu seguir seus conselhos, considerando que os ignoro desde que nos conhecemos, nove anos atrás. — Michael apenas cruzou os braços atrás da cabeça, preguiçosamente.

Ele estava esparramado pelo sofá-cama de seu galpão feito um americano estereótipo de filmes de comédia, daqueles rodeados de queijo cheddar e trilogias em Blu-ray. Quase podia imaginá-lo com a camisa florida laranja, que não combinaria em nada com bermuda caqui e chinelos de dedo.

E, embora eu o estivesse imaginando dessa forma, ele se encontrava vestido da mesma forma que se vestia há nove anos, quando nos conhecemos. Camiseta de banda, blusão xadrez, calças jeans escuras e coladas, coturnos militares.

— Você me convenceu a sair de casa esse final de semana, me fez vir até aqui te buscar, porque seu carro estava aparentemente na oficina, e me fez, consequentemente, parar tudo o que eu estava fazendo só para esse programa estúpido de domingo à noite.

— Em primeiro lugar, meu carro está na oficina! O carburador deu problema, e eu não faço ideia do que seja um carburador, entende? Eu morava com meus pais para evitar esse tipo de dúvida. Em segundo lugar, você não pode se considerar ocupado quando está se enchendo de comida indiana, vendo Project Runway.

— Sabe que amo Reality Shows. — murmurei, me perdendo em pensamentos logo em seguida. Ashton detestava Reality Shows, em grande parte por minha culpa. Costumava assistir esses programas até bem tarde, no quarto de casal, e quase sempre o acordava no final do episódio para contar o que havia sido relevante – ou não – ao longo dele.

— Bom, o meu motivo é bem simples, Clifford. Estamos com mais de vinte anos, e você continua usando exatamente o mesmo estilo punk de quando tinha quinze, e tudo o que queria chamar a atenção dos seus pais.

— O punk nunca morre — ele disse, e não dava para argumentar com esse tipo de lógica.

Rolei os olhos, já perdendo a paciência. — Que tal você pensar nisso como um favor, pela nossa amizade? Eu sou estilista, e em nove anos de amizade, nunca te fiz vestir nada que fosse da minha escolha. Hoje é o seu dia de sorte.

Michael parecia desinteressado em sorte, e em qualquer outra coisa. Ele anuiu, ainda que não parecesse muito contente em ter concordado. Lancei as roupas que havia separado em casa na sua direção, e ele pegou as peças antes que caíssem no chão.

— Que merda é essa? Que estilo seria esse, Hood? Caipira que ganhou na loteria? Aqueles americanos ignorantes do Texas devem usar esse tipo de coisa.

— Meu querido, o dia em que um caipira ignorante vai usar uma jaqueta Calvin Klein, e uma blusa da Ralph Lauren, ainda está distante. Assim como o dia em que alguém com algum senso de estilo vai achar que dá pra usar uma blusa do Green Day tanto pra tomar café, quanto pra ir numa entrevista de emprego.

— De uma loja de CDs! — ele argumentou, mas apenas ignorei seu comentário, indo até a mesa de centro, feita de galhos retorcidos reformados, e pegando as chaves do carro.

— Te espero no carro. E dê um jeito nesse cabelo, por Jesus. Poderíamos fritar um pastel de tão oleoso.

— Pelo menos não tenho um tufo loiro onde devia estar um topete. Tá parecendo um gambá.

Close as Strangers ✂ CashtonOnde as histórias ganham vida. Descobre agora