19.00

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Então, 14k Acho que isso merece um capítulo especial, não? É incrível pensar que um ship menor, com  menos público, ainda assim atinge esse nível de visualizações. Principalmente porque CAS é uma fanfic bem diferente, eu acho. É um tema mais sério, diferente da maior parte daqui do Wattpad. Inclusive diferente das minhas outras fanfics. 

Aqui o amor dói. É muito racional. E não sei como vocês suportam isso, porque toda vez que escrevo um capítulo novo fico na bad. Imagino como deve ser aturar meus atrasos, e se torturar ao ler cada atualização KKKKKKKKK' Obrigada por cada voto, comentário, mensagem no meu perfil. Eu leio cada um e me orgulho disso. 

Esse capítulo foi feito com base nessa música do vídeo. Ela aparece em itálico no final, vai dar pra notar. Espero que se emocionem. 

Ashton POV



 Estava frio quando deixamos o bar, adentrando a madrugada. Nossas mãos se entrelaçavam, as luvas de croché roçando uma na outra, e o calor do atrito entre elas era confortante. Estávamos em silêncio, como de praxe, mas nenhum de nós parecia se incomodar muito.

—Se lembra do nosso primeiro encontro?— um riso, e também um soluço.

Eu podia sentir a felicidade de Luke. Uma boa porcentagem dela provinha da bebida, é claro, mas nem toda ela. Ele também me olhava pelo canto dos seus olhos azuis, daquela forma admiradora que costumava inflar o meu ego.

O bar todo o olhava antes de sairmos. Olhava suas pernas longas enfiadas nos jeans skinny, e seu topete loiro bem ajeitado com pomada de farmácia. O assistia mover os quadris no ritmo da música, animado, de pé ao lado do meu banco junto ao balcão.

Ele pediu um drink, mas pagaram-lhe a maioria dos próximos, e ele toda vez me observava agir com indiferença a isso. Houve um tempo em que eu teria socado os mais atrevidos, e humilhado os mais discretos, pois o meu ciúme só se rebelava quando unido à tequila.

Mas esse tempo havia chegado ao seu fim. Tal como tantas outras coisas.

O vento frio batia em nossos rostos, e já estávamos bem próximos da esquina de casa quando um vendedor nos parou, bem próximo da sua própria barraca. —Gostariam de comprar um peixe?

Eu teria continuado andando se Luke não houvesse estancado na calçada, interessado.

Ajeitei o gorro em minha cabeça, observando o Hemmings estudar os peixinhos em sacos plásticos com atenção, escolhendo o mais bonito deles. Parte de mim se perguntava que diabos alguém estava fazendo vendendo peixes a essa hora, mas a outra parte se concentrava na pergunta de Luke.

"Se lembra do nosso primeiro encontro?"

Era noite. Não tão tarde quanto agora, mas já passava das onze. O ônibus estava vazio, e eu estava nervoso. Era uma noite mais fria do que agora, mas sem vento. Minha jaqueta jeans mal protegia do vento, mas ela era o agasalho mais estiloso que eu pude encontrar no fundo do armário.

O jaleco estava jogado no fundo da mochila, e essa jazia entre as minhas pernas, segura. Estava voltando da faculdade ainda, e só havia tido tempo de me encher de perfume no banheiro do campus, e pegar o primeiro transporte público até o Sydney Aquarium.

O encontrei no tanque de tubarões. Olhava pra cima, para o vidro grosso do aquário, perdido na imensidão azul. E eu me perdia nele, em seu corpo naquele maldito blazer negro, e em seus olhos negros e puxados distraídos com o local.

Close as Strangers ✂ CashtonWhere stories live. Discover now