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Atualização, amém. KKKK' Agradecendo os comentários do capítulo passado, e os votos, que foram muito incentivadores! Essa fanfic é de longe meu xodó, porque simplesmente amo relacionamentos desastrosos. Principalmente na literatura. E a mistura disso, com moda, não podia ser melhor de escrever. 

Inspirações usadas: Música Ordinary Love, do U2. 

Calum POV

— Tragam-me o catálogo da coleção outono-inverno da Michael Kors em dois minutos. Quero na minha mesa junto com um café expresso médio — joguei o corpo na cadeira giratória, massageando minhas têmporas. A assistente recém contratada pela marca, Lauren, que estava temporariamente trabalhando para mim, estalou os dedos na direção do meu estagiário supervisionado, chamando sua atenção.

O pobre coitado estava parado em frente à minha mesa sem saber ao certo o que fazer, impecavelmente vestido em seus jeans Levi's e blusa social branca indefinida. Lauren e ele não se davam muito bem, e isso se devia ao fato dela sempre agir como se fosse superior aos outros funcionários. Ele piscou seus olhos castanhos de cachorrinho algumas vezes, sem entender a indireta, e ela disse:

— O que está esperando para ir buscar o café dele?

Lauren bateu os lábios, borrando seu brilho labial com excesso de glitter, e estreitei os olhos para sua atitude presunçosa.

— Hayden — o chamei, fazendo o estagiário largar a maçaneta pouco antes de abrir a porta. — Você vai buscar o catálogo no andar debaixo, que é o andar responsável pelo marketing da Calvin Klein. Na recepção eles vão telefonar para o responsável por coletar esse tipo de informação, e você só deve aguardar até que outro funcionário te entregue. Deixe que Lauren vai buscar o meu expresso, sim?

Sorri de lado na direção de Lauren, que retribuiu o gesto da forma mais falsa possível. Os dois deixaram minha sala ao mesmo tempo, e pude visualizá-la pisando propositalmente com seu salto agulha no coturno militar dele.

Enquanto aguardava o retorno dos dois, aproveitei para entrar em contato com Michael, utilizando a linha da sala, e não do meu celular. Ele atendeu mais ou menos no quarto toque, com a voz de quem havia acabado de acordar. O que, se tratando de Michael, era previsível.

"Alô?"

— Você não tem faculdade hoje? — perguntei, girando na cadeira e encarando a vista da janela do terceiro andar, que mostrava somente mais prédios, e um mar de outdoors.

Michael bufou.

"Andou falando com a minha mãe?" Ele perguntou, logo em seguida acrescentando "Mudei meu horário de novo. Acho que aulas de tarde é o ideal pra mim."

— Você disse isso quando quis estudar de noite, e também de manhã. — o lembrei, me sentindo de repente um pouco mais bem-humorado. — Será que pode levantar seu traseiro pra hoje?

"Espere sentado, meu amigo. Ainda tenho vinte minutos de sono, e quanto antes acabar essa ligação, melhor."

Ignorei sua provocação. — Você pode almoçar comigo hoje?

Meu tom saiu um pouco mais baixo e desesperado do que eu gostaria, e Michael pareceu notar isso, pois ficou em silêncio do outro lado da linha. Cheguei a pensar que ele havia simplesmente desligado na minha cara quando voltou a falar de repente.

"Aconteceu alguma coisa?"

Fiquei dividido entre desabafar agora ou depois, e optei pela segunda opção. — Um 9, para ser mais específico.

Desde o ensino médio, quando estudávamos juntos, eu e Michael havíamos aprendido a linguagem das escalas. De 0 a 10, nossos problemas tinham de ser classificados de maneira bastante honesta. Para que Michael não saísse da cama atoa, e eu não perdesse desfiles por motivos fúteis. Então, quando precisávamos um do outro, nós apenas enviávamos uma mensagem com um número.

Close as Strangers ✂ CashtonOù les histoires vivent. Découvrez maintenant