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Inspiração de hoje, Fun, Coldplay. Mais CAS do que essa música, só a própria close as strangers.
Então, esse capítulo aqui é 100% recente, e marca o começo do fim. Por ser recente vou precisar de vocês que estão lendo agora pra me ajudar a não desistir kkkkkkk (mas na real não pretendo fazer isso, amo essa fanfic demais). Deixe seu voto, comentário, e ajude CAS a crescer (e faça uma autora feliz, também).

Calum POV

Às onze da noite Michael finalmente ligou. Foi um toque apenas, o qual ele nem mesmo esperou que eu atendesse, e então ficou claro que ele estaria lá embaixo, parado à frente do prédio, esperando por mim uma última vez. 

Will e Ashton estavam ambos agachados na frente das bacias, as mangas arregaçadas e as mãos sujas. Will me olhava em desapontamento, porque esperava que eu ficasse e o ajudasse. E Ashton nem se quer conseguia olhar para mim. 

Não posso ficar aqui, eu havia dito, não vou estar nunca mais no mesmo lugar que você.

Só que a coisa era mais complicada do que isso. Passar essa noite aqui, mesmo que apenas para ajudar Will, faria com que todas as feridas se abrissem de novo. Eu teria de olhar para Ashton, vê-lo no nosso apartamento, lembrar de tudo o que havíamos vivido juntos ali. A tristeza já habitava meu peito há muito tempo, e eu estava cansado de me lembrar disso. Parte de mim queria saber o que ele estava fazendo aqui. Se ainda estava com Luke, e se estavam bem juntos. Guardei todos os questionamentos para mim. Se os fizesse, revelaria aquela esperança enterrada há tanto tempo atrás. Seria como acender uma fogueira cheia de cinzas. 

— Estou indo. — eu disse, puxando as malas comigo. Abri a porta da frente, e me surpreendi quando Ashton se levantou, limpando as mãos na própria calça de moletom. — Não precisa, eu posso descer sozinho. 

Nem ao menos respondeu. Continuou vindo na minha direção, descalço mesmo, e Will sorriu fraco para mim antes da porta se fechar, deixando nós dois à sós no corredor silencioso. Ele soltou a maçaneta, evitando o meu olhar, e chamou o elevador. O momento era tenso, desconfortável, e, se eu tivesse comido alguma coisa no aeroporto, certamente estaria vomitando agora. Sete anos juntos e eu estava suando frio? Quão ridícula aquela situação ainda poderia ficar? 

Observei Ashton pelo canto dos olhos. Os óculos de armação grossa, a camiseta da universidade larga demais. Seus braços estavam fortes, indício de que continuava malhando, mas parecia mais magro. Era o natural, considerando o quão bem ele se alimentava. Eu que devia estar com sete quilos a mais, com as artérias entupidas. Muito em breve diabético, se comesse mais um pacote de Oreo

— Vai fazer isso mesmo? — ele perguntou, assim que as portas do elevador se abriram. Virei o rosto em sua direção, e Ashton pôs o braço para impedir que as portas se fechassem outra vez. — Esse apartamento é tão seu quanto meu. 

— Acha mesmo viável morar comigo de novo?  —  fui sarcástico, o que visivelmente o irritou. —Nós vivíamos em guerra há um ano atrás. 

— Não estamos mais em guerra. 

— Porque não estamos mais em nada. Nem mesmo um com o outro. 

Eu estava ciente de que minhas palavras o feririam. Se servia de consolo, elas me feriam também. Talvez até mais. Desde o princípio eu havia sido o mais esforçado. Quando as coisas já estavam acabadas, eu fui o tal a tentar consertar tudo. Talvez só tenha feito mais merda, mas eu tentei. Era algo que eu podia afirmar com certeza. 

Achei que agora ele desistiria de vez de me acompanhar, mas o Irwin parecia especialmente persistente essa noite. Tomou as malas de mim, colocando-as no fundo do elevador, e então entrou, segurando a porta para que eu fizesse o mesmo. Pigarreei desconfortável, ocupando o único espaço possível, que me deixava a apenas um braço de distância dele. 

Close as Strangers ✂ CashtonWhere stories live. Discover now