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Queria pedir desculpas pelo atraso. Essa fanfic não me dá trabalho pra escrever, e nem me incomoda em nenhum sentido. Me sinto confortável com ela, com os personagens, com o tema. Mas as críticas sempre foram um problema pra mim. Queria dizer que se você não está disposto a expandir seus horizontes, esse não é o lugar certo. Traição pode acontecer com qualquer um. Ela é tão humana quanto nós. Pessoas erram o tempo todo, e o pior tipo de erro é não querer compreender isso.


Ashton POV


  Quando girei a maçaneta da porta do 505, a sensação de se estar entrando em casa me abateu. Aconchegante, acolhedora. O cheiro de café invadindo minhas narinas.
Não um café qualquer, é claro. Se tratando de Luke, nenhum café era um café qualquer. E dizer uma idiotice dessas em sua presença era extremamente ofensivo para a sua pessoa.

—É Expresso ou Vienna?— questionei no silêncio do apartamento, imaginando que ele estivesse na cozinha. O corredor estreito de entrada me guiou até a porta de correr que guardava a cozinha e sala de estar, essas embutidas uma na outra. O chão era de taco, e as paredes de um papel de tons pastéis insuportavelmente monótonos. Embora a casa de Luke me trouxesse paz, seu contraste com o meu próprio apartamento era notável. Excesso de cores contra excesso de simplicidade. Calum contra Luke, imaginei. 

Afastei o pensamento. Não era uma comparação justa com nenhum dos dois. 

—Na verdade, é Caribenho.— ele corrigiu, e virei de costas para encontrá-lo jogado no sofá de três lugares creme. Uma pilha de livros o cercava, e seus óculos de aro fino preto caiam até a ponta do nariz fino.

—Você está horrível— comentei, porque era verdade. Duas olheiras enormes estampavam seu rosto, de forma que poderia ser facilmente confundido com um urso panda. —O que houve?

—Isso não foi nada educado, Ashton— Luke comentou, sentando-se em posição de meditação. —Não houve nada, ainda. Semana de provas. Vou bombar em anatomia.

—Você vai se sair bem, sempre consegue— tentei incentivá-lo, indo até a cozinha e servindo-me de uma xícara da bebida quente.

Seus olhos azuis me fuzilaram por cima das lentes.

—Está falando como meu pai.

Contive uma risada. A comparação me trouxe à tona uma lembrança, da primeira viagem que eu e Calum fizemos sozinhos.

Descobri seu Daddy kinky dentro de um Camaro vintage. E não há lugar melhor para se descobrir um fetiche do que dentro de um carro estiloso.

—Ashton?— Luke estreitou os olhos em minha direção.

Sacudi a cabeça, voltando a prestar atenção nele. Sua perna longa tremia loucamente, e, observando com mais atenção, notei os pacotes abertos de chocolate espalhados pelo chão.
Sneakers.

Luke nunca comia açúcar comum. Não fazia o seu tipo. Ele era da juventude adepta do açúcar mascavo e dos alimentos natureba.

—Você está realmente nervoso.

Pareceu algo estúpido a se dizer. Luke não pareceu se incomodar. Na verdade, raramente algo o incomodava muito, ao ponto de fazê-lo ser irônico ou, em último caso, discutir.

—Quando digo que vou bombar, é porque sei disso. Está cansado de saber que não sou fã de dramaturgia.— ele massageou as têmporas, afastando o livro enorme de seu colo. Me aproximei devagar, sentando ao seu lado no sofá. Tombei a cabeça para trás, encarando o teto.

Close as Strangers ✂ CashtonHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin