capítulo 35

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Nossos corpos estavam grudados. Nesse momento, eu não me importo de estar exposta para ele. Era bom poder sentí-lo tão perto. E Thomas beijava meu pescoço. Eu sinto arrepios.

— Deixe- me te dar prazer também, pêssego. — Thomas deu- me um tapa da bunda.

Minhas bochechas esquentam. Era estranho ver que já chegamos a esse ponto, tão rápido.

— Não, acho melhor não. — não era isso que queria dizer.

— Por que? — franziu a testa.

— Porque não.

— Certo. — diz ele.

— Outro dia?

— Está tentando me enrolar?

Odeio quando Thomas percebe que tudo que tento, é ganhar tempo. Ele sempre lança o que vê, antes que eu possa pensar em algo convincente. 

— Está tão na cara, assim?

Ele tira os cabelos da testa, como se estivesse incomodado.

— Ah, não. Se você não tivesse assumido, eu nem ia perceber. — mentiu.

Eu fiquei receosa com o que ele disse. Thomas falou tão bem, que me perguntei se estava sendo irônico ou não. Mesmo sabendo que estava.

— É só que, eu já fui além dos limites hoje. Se fizer mais alguma coisa, já será o bastante para enlouquecer com o peso da culpa.

— Você não fez nada de errado.

— Eu fiz...

— Não, não fez. E que se foda. Está arrependida?

Pra ser sincera, respondendo a pergunta para mim, não me arrependo do que fiz. Faria de novo, se possível. Faria isso muitas vezes. Não pensaria duas vezes. A única coisa que me arrependo, é de saber que quebrei a confiança dos meus pais.

Mas agora me lembrei, que não se pode dar fim a algo que nunca existiu.

— Não, não estou. — as minhas mãos tocaram o peito de Thomas e como resposta, ele sorriu para mim.

— Mas isso não significa que eu não possa te beijar. — Thomas encarou freneticamente os meus seios. Tive vontade de dizer a ele para que parasse. Eu estava ficando envergonhada. Mas deixei que fizesse isso.

E de vez em quando, eu também olhava para a intimidade dele. Tentava disfarçar, mas eu sabia que Thomas percebia. Ele parecia torcer para que eu continuasse.

— É claro que não pode. Se os meus pais descobrirem, você é um homem morto! — brinquei para ele, mas a forma como Thomas reagiu, foi estranha.

Primeiro, ele tocou a nuca e a gesticulou. Inclinou o olhar para o chão e depois olhou para mim. Thomas me encarou como se eu tivesse dito algo muito errado. Os olhos deles estavam frios, mas foi impressionante como ele mudou isso, antes que eu pudesse ter tempo para perguntar se estava tudo bem.

—É claro, pêssego. — as sobrancelhas ergueram- se ele sorriu. Mas não estava sorrindo verdadeiramente. — Espero continuar vivo para poder vestir meu melhor terno e ir na porta dos seus pais. Talvez assim eles deixem você se casar comigo. — surpreendentemente, o humor dele mudou. Agora sua expressão é de diversão.

— Casar? — perguntei. — E o qual argumento você usaria?

— Ah, tenho muitos!

— Espero que não se importe de levar um "não"! — brinquei de volta.

— E o que te faz achar que eu levaria um não? Posso ser bom o suficiente para convencê- los. E se caso isso acontecesse, acho que teria que roubar você deles.

A última noiteOnde as histórias ganham vida. Descobre agora