capítulo 59

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FACE OF AN ANGEL, MIND OF A  KILLER

                                                                        

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Aquele era seu nome... Dawin. Minha mente me permite saber disso, mas não o bastante para alcançar a informação de conhecê-lo. Não sabia o que dizer. Apenas o observava, insanamente frágil e petrificada. Ainda tento caracterizar cada um deles, mas a imagem de seus rostos, fugiram-me à mente. Eles... estavam olhando para mim. Especificamente pra mim. E isso me assustava. Me fazia tremer.

— Scarllet? — ele me encara profundamente, a procura de uma resposta.

Algum sinal vindo da minha parte, mas estou tão pávida, que nem mesmo sou capaz romper a sensação que se apodera dos meus ossos, me trazendo ao estado rígido de congelamento. Logo, não consigo mais distinguir o que sinto. Seus rostos se modificam, minha visão enfraquece.

Mil vozes permeando minha mente...

Ele abre a boca, mas não ouço sua voz. Não consigo prestar atenção. O ambiente se distorce, os ruídos se embaraçam. Não consigo respirar. Me afasto, cambaleando para trás, disposta a fugir antes que se torne palpável. Eles abrem suas bocas, parecem falar alto, se movimentam, agitados, prontos para me socorrerem.

No fundo dos meus sentidos, ouço alguém falar meu nome. Quase como um sussurro. Viro o rosto de um lado para o outro, em desespero.

— Silêncio. Silêncio. Silêncio.

Não posso respirar. Não posso respirar. Não posso respirar.

Sou surpreendida com o contato das mãos dele, em meu rosto. Imediatamente me obrigando a parar. Meus olhos parecem triplicar seu tamanho, expandindo em lágrimas. Ele me analisa, mas não diz nada. Apenas... limpa o excesso de água com os dedos.

Mas me vejo estranhamente calma ao reparar o azul cintilante de seus olhos de turquesa.

— Nós só queremos ajudar você — disse ele, com a voz mais calma. — Por favor, não tenha medo.

— Não — minha voz estava baixa. Balancei a cabeça, para me livrar de suas mãos. — Eu não conheço você.

O garoto me olhou como se fosse absurdamente difícil entender o mistério da informação. Dei leves passos para trás, prestes a fugir outra vez.

Não posso ficar aqui. Não posso. Não consigo respirar.

As vozes não desaparecem. Eu nem sequer sou capaz de reconhecer a voz do meu próprio pensamento.

— Tudo bem. Tudo bem — ele se aproxima. — Scarllet.

Scarllet. Esse é o meu nome. Mas, agora, parece tão distante para pertencer a mim.

— Eu preciso que você respire.

Os outros também se aproximaram. Observei a forma como se moviam. Pareciam cercar uma presa, para arremessá-la contra seu ataque. Me encolhi, o máximo que pude.

A última noiteOnde as histórias ganham vida. Descobre agora