capítulo 60

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"I DIDN'T CHANGE

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"I DIDN'T CHANGE.
YOU JUST NERVER KNEW ME."

☽ ☽ ☽

Parecia que os dias eram fatalmente curtos. Eu estava dormindo, ingerindo remédios e me dopando para continuar inconsciente. Eu só... não queria sentir nada. Era meia noite ou algo assim, e eu me encontrava cobrindo meus ouvidos com as palmas das mãos.

Sinais de trovões costumavam me assustar desde criança. Era comum que meu corpo produzisse um pouco mais de adrenalina e corresse através do sangue, gerando tremedeiras.

As mechas do cabelo balançavam suavemente, e as cortinas forjadas em branco cintilante, levitam ao vento e ao brilho ruidoso dos relâmpagos. Eu contei três comprimidos, organizados em compartimentos, sobre a mesinha de canto. Eu sabia que tinha permissão para usá-los.

Não faço a mínima ideia de como vieram parar aqui, mas a resposta soa óbvia. Estava quase completamente vazio, com exceção de três. Eles me deixavam calma, e eu precisava de mais.

Eu só sabia sobre meus medos, as coisas que via, mas uma pequena lasca de pensamento flutuava.

Tomei remédios dias consecutivos, mas eles não foram o bastante. Não me fizeram parar de sonhar, não me fizeram esquecer e nem deixar de ver.

Mas eu estava sozinha. O meu coração está paralisado, congelado dentro do peito, e eu não consigo aplicar esforços para tentar sentir algo. Eu simplesmente... não consigo e não quero.

Afasto-me dos lençóis. Visão conturbada e lenta. Minhas pálpebras se acostumaram a estarem fechadas. E agora, minhas reservas de energias estão transbordando.

Eu estava sozinha... Sozinha. Meus olhos aumentam, ao sentir a sombra da informação afogar-me em pavor. A sonolência não foi tão ágil para me manter presa na cama. Eu me levantei, rápido o bastante para quase tropeçar. Corri até a porta, distendendo a maçaneta com força, até encontrar a maneira correta de abrir a porta.

E sob o manto da noite resvalando uma das janelas abertas, no fim do corredor, balançando as cortinas, está acompanhado dos gritos. Centenas deles. Posso ouvi-los, como se zombasse ao pé do meu ouvido.

Continuo caminhando tão rapidamente, a imagem da janela aberta para a escuridão, se chocando em minha mente. É como se me chamasse. É como se eles me chamassem. Tento me encolher, para não abandonar o percurso. Embora soubesse, que mesmo me escondendo, isso não vai embora.

E como se os sons se tornassem sensíveis, posso ouvir conversas. Vozes masculinas, e com um pouco de esforço, eu as identifico. Brian e Éric. Era estranho discernir tão rapidamente. A chama da "felicidade" ocupa meu peito, mesmo que apenas por mínimos segundos. Haviam mesmo pessoas na casa. Pessoas que eu conhecia e não apenas, a presença infame do que entorna da minha cabeça.

A última noiteOnde as histórias ganham vida. Descobre agora