Winter Flower

Capítulo 39

Namjoon odiava trabalhar em feriados, mas ali estava ele, sentado ao lado do pai no carro enquanto seguiam para o local de encontro: uma sala reservada no hotel mais caro de Seul. E, pior, é que sabia que iria se irritar com aquela reunião por ser com pessoas que não gostava. Já dissera ao pai que não daria em lugar algum aquela tentativa de acordo, mas, não podia julgá-lo por insistir no assunto, afinal daquela maneira ninguém poderia dizer que ele não havia tentado.

— Filho, você será simpático com eles, certo?

Revirando os olhos, Namjoon deixou o pai sem resposta por longos segundos antes de dizer:

— Tenho educação, pai.

— Sei disso, mas esses dias, você está com um humor horrível.

O príncipe não se deu ao trabalho de dizer algo. Ele só não queria trabalhar no feriado, era pedir muito? Por que seu pai fingia não entender e agora ficava pedindo simpatia dele?

Kangdae, por outro lado, fitou Namjoon esperando que o filho falasse qualquer coisa para manter a conversa, mas era óbvio que Namjoon não estava afim naquele momento. Então, deixando o ar escapar dos seus lábios, disse:

— Soube que você brigou com Jin.

— Você e o reino todo, né?

Namjoon bufou. Se ele pegasse quem tirou a fotografia de Seokjin com malas na mão e saindo do castelo, processaria. Ficou com tanta raiva de ver aquilo estampando em vários sites e revistas. E daí que haviam brigado? O que isso tinha de importante para o reino?

— Por que vocês brigaram, filho?

— Ele não é a pessoa que pensei que fosse — falou Namjoon, remexendo-se no banco desconfortavelmente.

— Tem certeza? — Kangdae perguntou. — Duvido muito disso, pois ele é um bom rapaz, filho.

Encarando o pai animosidade, Namjoon deixou um suspiro alto e pesado para trás.

— Sério isso? Porque pelo que sei, você não o suporta!

Kangdae tinha um ar arrependido quando Namjoon o fitou. O príncipe tentou desvendar o que aquela expressão significava.

— Mudei de opinião. Seokjin é bom para você e te faz feliz. Inclusive, sua mãe e eu conversamos e se você quiser o ter como noivo um dia, nós daremos nossas bênçãos.

A risada sarcástica de Namjoon tomou o carro. Aquilo tudo era uma piada, só tinha essa explicação. Quando Seokjin estava por perto, seus pais somente sabiam reclamar da presença dele e apontar todos os defeitos sozinhos, mesmo os que não eram de Seokjin e agora que brigaram e provavelmente terminariam, o ex-namorado se tornara bom para eles. Aquilo era definitivamente engraçado demais.

— Não quero mais falar sobre isso.

Namjoon não discutiria o assunto naquele momento, estava cansado e a última coisa que queria era conversar com o pai sobre Kim Seokjin.

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Quando chegaram no hotel, logo foram direcionados para a sala de espera. O rei se sentou na ponta da mesa e Namjoon ao seu lado, como mandava o protocolo. O local era coberto por janelas e a luz natural ocupava toda a mesa de vidro, onde o príncipe batia os dedos, sem muita paciência para todos aqueles protocolos do encontro.

— Sorria, meu filho.

— Sorrio quando eles chegarem aqui.

Kangdae bateu com a caneta em cima de um documento que colocou a sua frente na mesa. Ele olhou o relógio que estava na parede oposta onde estava sentado e percebeu que as pessoas com quem eles iriam se encontrar estavam atrasadas.