Capítulo 17

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Ellen

Eu me sentia como uma adolescente esperando pelo namoradinho. A ansiedade fazia minhas mãos suarem.

Parei diante do espelho, conferindo meu visual. O vestido preto que ia até um pouco acima do joelho. A maquiagem simples, mas que realçava meus olhos azuis, o cabelo solto caindo em meus ombros.

Eu não sabia se estava adequada para um jantar, se deveria trocar de roupa, ou tirar a maquiagem. Mas as batidas na porta anunciaram que eu não teria tempo para isso.

Dei mais uma conferida rápida em mim no espelho, alisando a roupa e fui para a porta. Quando destranquei, Diogo estava parado de costas para mim.

O sol ainda estava iluminando o dia, começando a querer se pôr, e eu podia ver Diogo em toda a sua beleza real. Ele usava uma de suas camisas de flanela, mas aparentemente era nova, pois não tinha manchas. A calça jeans estava justa na bunda, o que a deixava ainda mais empinada e redonda, uma verdadeira beleza. Quando ele percebeu que eu estava ali, virou-se para mim, revelando-se por completo.

Se de costas ele já estava uma perdição, de frente eu só não caí porque estava apoiada na porta. A camisa era em um tom vermelho escuro com listras marrons, estava com os primeiros botões aberto, revelando um pedaço do seu peito. O chapéu como de costume, preto, mas este parecia ser outro, novo. A fivela dava um destaque no seu look. Diogo estava parecendo aqueles cowboys de filme.

— Você está... uau. — Ele me examinou dos pés a cabeça, como eu havia feito alguns segundos antes. — Que linda.

Diogo me estendeu a mão, coloquei a minha dentro da dele e me puxou de encontro a si, beijando-me delicadamente.

Um suspiro foi inevitável. Aquele homem me fazia sentir querida e desejável como eu jamais havia me sentido.

— Está pronta?

Concordei com a cabeça.

— Eu só não sei se ainda é uma boa ideia deixar Pedro com a sua mãe. E se ele chorar? E se sentir alguma dor?

Diogo segurou delicadamente pela lateral da minha cabeça, fazendo-me encará-lo.

— Minha mãe sabe dar conta. Se esse for o seu medo, Pedro está nas mãos de uma das melhores mães que eu já vi. — Depositou um beijo na minha testa. — E o Pedro vai ficar bem. Não é como se você o estivesse abandonando. Mas se você acha necessário, podemos levar ele também.

Respirei aliviada. Às vezes tudo o que precisava era de alguém que pegasse na nossa mão, e dissesse que daria tudo certo, dando-nos uma segunda saída. Eu nunca havia me afastado do meu filho, mas também tinha uma vida. E não era porque me tornei mãe, que deixaria isso para trás.

Diogo em ajudou pegando as coisas dele, e fomos primeiro para sua casa.

— Vamos nos divertir muito com esse menino hoje. — Foi a primeira coisa que Emíli disse quando nos viu descendo da camionete de Diogo.

Ela tinha brilhos nos olhos, e isso se refletia em toda a família, que estava em peso esperando por meu filho. Eu sabia que ele estaria em boas mãos e que seria muito paparicado.

— Eu deixei tudo arrumado. O leite dele, tem a quantidade certa escrita em um papel. Fralda, roupinha, toalhas. E se precisar de qualquer coisa, só me ligar que eu volto na hora.

Diogo entregou a bolsa de Pedro para Julio, que estava ao lado da esposa.

— Não se preocupe. Ele vai ficar tão bem, que não vamos precisar incomodar a mamãe hoje. — Emíli deu um sorriso cúmplice para Diogo, e eu fiquei vermelha instantaneamente.

O Cowboy, a Viúva e o BebêWhere stories live. Discover now