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Nem parecia que tinha se passado três meses desde que voltei pro Brasil.

Estava estudando pela plataforma online da universidade de Seattle. Ainda conversava com o trio que sempre me atualizavam, pelo menos duas vezes na semana Olivia me ligavam por chamada de video para conversar e eu sempre tinha vontade de perguntar sobre o Hunter todavia me continha em todas as vezes. Olivia me contou que anda tendo encontros com o Jake e que é romântico e ao mesmo tempo safado na hora do sexo. Na maioria das vezes mandava fotos e vídeos deles em um parque de diversão, praia, jogando quebra- cabeça com Dakota e até mesmo foram num final de semana para Paris.

Morar com uma recém-nascida não é fácil, as vezes eu acordava com seu choro e a pegava no colo, expulsando Daisy ou o meu pai do quarto de Marjorie. Papai trabalhava e Daisy parecia uma zumbi. E eu entendi através da minha irmãzinha que bebês davam trabalho.

Marjorie amava me ouvir contar histórias de livros ou que eu mesma inventava, seus olhos me observava e até mesmo soltava resmungos como se concordasse comigo. Sabia que estava sendo de boa ajuda nesses primeiros meses com a pequena e partiu o meu coração saber que daqui algumas semanas iria voltar para Seattle.

Estava na poltrona com Marjorie dormindo.

- Vá dormir, querida -Daisy entrou no quarto e percebi que tinha amanhecido, pegou Marjorie devagar e a colocou no berço.

- Se precisar de ajuda, e só me chamar -ela assente e vou para o meu quarto que estava gelado pelo ar condicionado ligado, entrei nas cobertas e apaguei.

Fui despertada pelo alarme ao meio dia, joguei as cobertas para o lado e coloquei os pés na minha pantufa de monstros s.a desliguei o ar-condicionado e abri as janelas, o sol estava forte e vi no celular que dizia que estava fazendo 40°C.

Um belo dia para ir a praia e um péssimo para quem tem prova de comunicação e expressão II.

Fiz minha higiene matinal no banheiro e desci as escadas, beijei a testa de Marjorie que estava deitada no carrinho vendo Bob esponja. Ela amava esse desenho.

- Bom dia, gostosa -alisei seu cabelo e ela soltou um gritinho sorrindo.

Daisy estava ao seu lado comendo um pote de sorvete.

- Deixei café pra você -aceno e vou preparar pão francês com mortadela. Coloco um pouco de café na xícara e volto pra sala, tinha dois ventiladores girando pelo cômodo e a porta e as janelas estavam abertas.

- Deveria ir a praia com o Tristan -sugeriu.

- Estava pensando nisso mas tenho prova -falo.

- Faz a prova e vai aproveitar tomando um sol e pegando uma cor, daqui a pouco te confundo com o fantasminha camarada -mostro a língua para ela que abre um sorriso.

Corri pro quarto e fui fazer a bendita prova, ao terminar mandei mensagem para Tristan que topou na hora e disse que iriamos nos encontrar uns amigos do Rio dele.

Tomei um banho e coloquei um biquíni vinho que amava, vesti um short jeans azul claro, ajeitei a bolsa de praia colocando o necessário, peguei o óculos preto e um bucket branco com uma margarita. Calcei havaianas e desci as escadas.

- Precisa de dinheiro? -balancei a cabeça negando. Tristan mandou mensagem avisando que estava na minha rua, avisei a Daisy e saí de casa.

Ele estava encostado ao lado do portão.

- O uber está vindo -me deu um beijo na bochecha- Vai amar todos eles.

Iriamos rachar o uber já que íamos para a praia de Copacabana. Fomos conversando e ao chegarmos na praia, Tristan já foi procurando os amigos.

Era um grupo de quatro pessoas.

- Essa é a minha amiga Ruby -disse Tristan e olhou para os seus amigos- Madalena -apontou para a negra de cabelos ondulados- Afonso -apontou para o loiro que abriu um sorriso pra mim- Joel -apontou para o moreno- E essa é a Valentina. -apontou para a ruiva.

- Nossa que gata -elogiou Madalena.

- Você que é. -elogiei de volta.

- Ainda por cima humilde -comentou Joel sorrindo.

Sentei numa cadeira vaga e Tris na canga que estava Afonso com Madalena sentada no meio das pernas dele. Pareciam namorados.

- De onde vocês conhecem o Tristan? -perguntei curiosa e aceitei a cerveja quando Joel me estendeu, agradeci.

- Eu e a Val trabalhamos com esse ser -explica Madalena- E eu chamei ele para uma festa onde apresentei meu namorado e o chato do Joel -acenei e Joel mostrou o dedo a ela.

Ficamos conversando sobre a vida e o grupo eram pessoas legais, uns trancaram a faculdade e começaram outras, uns saíram de casa e até mesmo expulsos de casa pela própria mãe como a Valentina.

- Ela é homofóbica e não teve nenhuma pena de me chutar para fora de casa -comenta parecendo chateada- Ainda bem que a Mada e o Afonso me acolheram, e eu ajudo em tudo. A única coisa chata e os gemidos deles.

Todos riram e Mada ficou toda sem graça.

- Sua puta do caralho! -deu um empurrão de leve nela- Você adora fazer um exposed meu. Por que não conta do dia que te peguei no seu quarto com duas mulheres na sua cama? -Val ficou igual um tomate.

- Isso foi invasão de privacidade! vou ligar para o meu advogado! -diz Val.

- O único que você conhece e o meu namorado, que vai me defender -fala Mada e logo em seguida as duas caem na gargalhada.

- Como aguenta, Afonso? -perguntou Tristan.

Afonso passou a mão no cabelo e abriu um sorriso.

- Tento sobreviver, cara.

As duas decidiram entrar no mar e eu percebi que nem tinha tirado o short, tirei e fui com as duas. A água estava gelada mas depois que o corpo se acostumou era impossível sair.

- Gostei de você, Ruby. -comenta Mada- Passa uma vibe tão boa. -Val concordou, abro um sorriso.

- Se precisar de qualquer coisa, manda um zap -avisa Val.

- Obrigada meninas.

Assim que saímos da água, os meninos tinha pedido gurjão de peixe com aipim frito. Tiramos uma foto com o grupo e Tristan postou no seu perfil marcando todos.

Era ótimo estar no Brasil mas confesso que sentia tanta falta de Seattle e de todo o perigo que vinha junto.

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NÃO REVISADO.

Gostaram dos amigos do Tristan?

Querido Caos | Davenport #1Onde histórias criam vida. Descubra agora