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Estava cheia do Andrew e dos seus joguinhos, poderia ser o capo de Seattle, mas estava passando dos limites colocando alguém para me seguir. Estava farta disso, primeiro me sequestrava,um carro e agora isso?

- Uma pessoa que você gostaria de trabalhar junto -responde ele e solto uma risada.

- Quem é você? -pergunto novamente entre dentes.

- Sabe que poderia tirar facilmente esse canivete da sua mão, não sabe? -me olha.

- Quem é você? - pressiono com força o suficiente para machucar.

- James Davenport -franzo a sobrancelha- meio-irmão do Andrew.

- Impossível -tiro o canivete do seu pescoço e guardo.

- Posso provar -comenta James olhando para trás- não aqui, tem uma cafeteria que conheço aqui perto. -penso na possibilidade e assento, não vendo outra opção. Poderia está falando a verdade ou não.

Entro no meu carro e ele vai na frente me guiando.

Não acreditava dele ser um Davenport, que eu saiba os únicos que estavam vivos era Andrew, e os filhos.

Chegamos na cafeteria que estava bastante movimentada,sentei na sua frente e fizemos os nossos pedidos.

- Já que você se deu o trabalho de me seguir, sou toda aos ouvidos -abro um sorriso me encostando na cadeira.

- Antes não estava seguindo você, só os meus sobrinhos -James abriu um sorriso de lado e vi suas covinhas. Lembrava o Hunter.

- Por que estava me seguindo então?e o principal desde quando? -cruzo os braços.

- Apenas curiosidade no início, você pegou um ônibus e vi pedindo informação, parando na ong -assento de leve- então vi você sendo sequestrada. -penso por um momento e o olho.

- Então aquele sentimento de está sendo observada, era você. -balança a cabeça.

- Não pude fazer nada em relação a isso -dou de ombros- meu irmão podia me reconhecer.

Ele chegou no ponto que eu queria.

- Primeiro, a prova que vocês são irmãos -James abre uma maleta que estava desde que saiu do carro e coloca na mesa tirando várias fotos de dois garotinhos, adolescentes, um casal e os dois garotos no meio, sua certidão.- ah! Meu deus -o encaro- como?

- A mãe do Andrew, largou ele e o pai sozinho. Minha mãe conheceu Richard anos depois, se casaram e eu nasci -abriu um sorriso, e acenei com a cabeça- Andrew e eu éramos terríveis, na adolescência começou a se envolver com quem não prestava e passou a se drogar, bebia muito e ficava agressivo.

- Na maioria das madrugadas nosso pai era chamado para pagar fianças dele, por vários motivos -o garçom deixou o nosso café, dou um gole- acredita que chegou a bater na minha própria mãe?fui para cima dele, nosso pai teve um infarto naquela noite.

- Foi morte em imediato,a empresa estava a todo vapor naquela época -seus olhos marejam- Andrew tomou o lugar dele em tudo, expulsou minha mãe e eu de casa, fomos só com a roupa do corpo e ainda disse para nunca pôr os pés aqui -fica vermelho de raiva e passa a mão no rosto- virou capo e dono de Seattle,nosso pai era capo e muito respeitado por todos antes de morrer.

- Por que voltou?

- Há um ano ouvi sobre um capo de Seattle, está fazendo uma suposta lavagem de dinheiro e roubando armas -arregalo os olhos e pressiono os lábios- então sabe algo?

- Ouviu de quem?

- Tenho um amigo detetive de Las Vegas que me contou -responde.- Andrew sabe que esta quebrando o tratado e nem liga -franzo a testa.

Querido Caos | Davenport #1Where stories live. Discover now