Querido Caos | Davenport #1

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Alerta de gatilho: estupro.

Abri os olhos e estava tudo escuro,me mexo e meu braço está preso,estou deitada em algo meio duro e consigo sentir o chão através disso.

- Que porra -murmuro e ouço passos se aproximando,a luz é acendida e vejo Andrew na minha frente,estava deitada em um colchão.

- Olha a minha surpresa quando soube que a filha da minha noiva, estava metendo o nariz onde não é chamada -me sentei e ele se agachou tocando no meu queixo,desvio do seu toque,ele solta uma risada- vou te dizer o que deve fazer a seguir e se não fizer.... -soltei uma risada.

- Não tenho medo de você -encarei os seus olhos e tentei passar toda raiva que sentia dele.

- Mostrando as garras?achei fofo -disse ele se levantando e sentando em uma cadeira na minha frente.- o que você acha que vai conseguir dando uma de detetive?

- Sei mais coisas do que pensa -levanto o queixo.

- Duvido muito -olhei ao redor e me lembrava o subsolo,talvez aquela sala que não tinha nada?

- Vai dizer que fui pro apartamento também? -ele me analisou.- e que me deixou pensar um pouco?sabe que não vai colar.

- Então já sabe -dou de ombros.- meu filho disse algo então.

- Ele não precisou,seus dedos com sangue seco e o paletó molhado te entregaram -disse e ele bateu palmas.

- Você para de procurar o que quer que seja e sua mãe vive,não acha bom?

- Seria capaz de machucar a sua própria noiva?

- Ela não é nada pra mim,agora pra você....

- Seu merda -ele revira os olhos.

- Já fui chamado de nomes melhores -disse ele.

- Você é doente.

- Temos um acordo então?

- Isso não e um acordo,está me ameaçando -respondo.- o que você faz com o seu filho é mostruoso -ele se aproxima mais e ergue as mãos.

- Culpado.

- Ele não fez nada pra você -encaro seus olhos e luto com a angústia que cresce no meu peito.

- Isso não te diz respeito,faço o que eu quiser com ele -cuspo no seu rosto e ele abre um sorriso,limpando- vou deixar essa passar -Andrew levanta e faço força pra levantar,assim que consigo um homem me segura.

- Me solta -grito e Andrew se vira me olhando.- vou matar esse filho da puta -me contorço no braço do homem.

- Você é corajosa,devia trabalhar pra mim -solto uma risada.

- Nem fodendo.

- Foi bom fazer acordo com você,fica quieta no seu canto e a sua mãe vive -ele abre a porta- ou seja a culpada se algo acontecer com ela -ele passa pela porta,o homem me joga no chão,gemo de dor quando meu joelho raspa no chão.

A luz é desligada,ouço passos indo embora e a porta e fechado,ainda ouço girando a chave.

Poupo os choros e a minha voz,penso em momentos bons e felizes com a Daisy e o meu pai,com o Tristan.

Abro um sorriso,o dia que conheci o Hunter,as partidas de tênis e conversas com Olivia,hoje a tarde na lanchonete com eles.

Acabo apagando em meio a esses pensamentos,sinto algo fofo embaixo de mim,abro os olhos e me acostumo com a claridade da manhã,franzo a testa ao olhar ao redor. Estava no meu quarto,sento e olho os meus pulsos.