공포와 슈퍼 히어로

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— A donzela vai ficar em silêncio agora?

Rudemente, Gaon riu, daquela forma debochada de sempre, mas agora aquele som era desesperador para Baekhyun.

— Por favor me deixa ir, por favor eu nunca te fiz nada..

— Quando eu digo que és uma puta, é disso que eu falo, putas imploram e você está fazendo exatamente o que deve fazer... Inacreditável.

Aquilo era tosco e Baekhyun não sabia mais o que fazer. Era totalmente desesperador, seu corpo estava paralisado, e no momento em que tentou olhar para os lados, uma desculpa para tentar se acalmar, viu os amigos de Gaon o cercando e o deixando sem saídas. Além de que,  pensando melhor, ninguém o salvaria. Quem iria salvar um ômega contra um dos alfas mais encrenqueiros do colégio? Isso mesmo, ninguém.

— Me desculpe, mas  eu não estou errado, eu nunca, jamais, fiz nada a respeito por você.

E ali, Baekhyun viu toda sua vida passar por um filme, talvez um fio, pois quando  nervoso falava coisas sem pensar e agora nesse momento isso o prejudicou. Já estava se preparando mentalmente para apanhar ali, quando um salvador chegou tirando a possibilidade de Baekhyun levar um soco.

Não era fácil para o Byun reconhecer quem estava na sua frente, então somente tentou recuperar drasticamente sua respiração normal, dando graças aos céus que alguém de bom coração ainda existia ali. Em um sinal de agradecimento, singelo talvez, não se conteve e abraçou a cintura de quem fosse, só queria agradecer.

— O quão otário alguém poderia ser para agredir alguém de um nível tão baixo assim? Isso pode traumatizá-lo em níveis que sua cabeça de vento jamais conseguiria sequer imaginar.

Baekhyun gelou.

Aquela voz, estava arrastada e quase rouca, como se não falasse a horas e agora falasse uma palavra. O tom era raivoso, quase se assemelhando a um rosnado, por dentro o Byun sentiu que ao mesmo tempo tudo estava desesperador e tenso, também estava lindamente com borboletas dançantes. Afinal, não era de hoje que Byun Baekhyun tinha uma paixonite por Chanyeol.

— Vai defender esse ai? Não sabia que defendia putinhas.

— Até onde eu sei, Baekhyun não faz mal a uma mosca nessa escola, muito menos a você. Se ele não faz mal a ninguém não é necessário ser tratado assim e principalmente por você.

Ditando isso, o Park segurou nas mãos do Byun e o puxou refeitório a fora. Chegou em uma parte da enfermaria que poucas pessoas ficavam - onde seu pai trabalhava - no qual as pessoas com problemas iam descansar. Sentia que Baekhyun estava muito molinho, então perguntando se podia e escutando um murmuro positivo, o pegou pela cintura e o colocou por cima de uma maca.

— Ele te machucou? Te tocou, digo, lhe deixou desconfortável?

Estava muito preocupado, Baekhyun era de um tamanhinho pequeno demais para ele, então era como se sentisse a necessidade de cuidar. Ok, talvez fosse estranho, mas naquele instante só queria ter plena certeza que o ômega estava bem.

— Chanyeol eu não acho que seja necessário..

— É óbvio que é, por favor, aceite que eu cuide de você.

— Seria um fardo a você..

Baekhyun suspirou, realmente, para si, sua pessoa era somente um fardo a sociedade.

— Não diga isso, tem problemas de te acompanhar até sua casa? Não que pelos seus motivos seja negado que você saia da escola.

— Tudo bem por mim, obrigado, Chanyeol.

O Byun sorriu, timidamente, e ficou ainda mais quando sentiu as mãos grandes do Park encostar
nas suas. "Como um clichê", pensou.

— Não estou dormindo em casa, na verdade estou dormindo em um apartamento que divido com os meninos, mas hoje estaria sozinho.

Riu, todos ali dividiam despesas, menos Baekhyun, que atualmente estava desempregado. E mesmo assim, Byun conseguia algum dinheiro fazendo hora extra na biblioteca ou fazendo trabalhos comunitários em um orfanato. Luhan e Kyungsoo estariam em um encontro de não-casais com Sehun e Jongin e Jinyoung estava trabalhando.

— Então vamo, serei sua companhia da noite?

— Se isso foi um convite, sim, você é bem vindo, Park.

Sorriram, e o Park descobriu que eram uma boa companhia juntos.

[...]

— Não acredito que você nunca tenha assistido casos criminais!

— Não é muito minha praia, entenda.

— Então o capitão gosta de "My little pony"?

— Ei, não é bem assim.. - Chanyeol gargalhou, estava sendo divertido estar com ele.

— Enfim grandão, se levanta eu quero pipoca

Manhosamente, Baekhyun dita, colocando os pezinhos em cima da barriga do Park. Estranhamente eles estavam muito confortáveis, e agiam como se tivessem uma intimidade de anos, o clima era agradável.

Até Park Jinyoung aparecer na porta com Jackson Wang atrás, o que fez os dois ficarem assustados.

— Você não disse que iria trabalhar, puppy ?

— Ia, do verbo não fui porque esse desgraçado me fez o favor de quebrar minha moto.

— Ei, eu já disse que ligeiramente não foi minha culpa!

Rebateu o chinês, fazendo Park e Byun suspirar, pelo visto, todo aquele climinha tinha ido pro ralo.

— Vem Jinyoung, vamos relaxar, Chanyeol conversa com Jackson para os dois ficarem calmos, aí depois os dois conversam. Chanyeol, pode oferecer água e comida para Jackson, tá tudo bem.

Baekhyun tinha um espírito de ajudar, e naquele momento todos precisavam de muita ajuda. Fez o amigo tomar um banho, e colocar uma roupa confortável. Chegando na sala viu Chanyeol e Jackson sussurrando algo.

— Jackson, vai lá no segundo quarto, primeiro porta à direita, que o Jinyoung está te esperando, é uma conversa e não passe livre para motel hein?

O chinês assentiu, também estava preocupado.

— Chany, fique aqui mais um pouco, não temos carro e agora não temos uma moto pra quando terminarem de conversar Jackson voltar para casa.

— De boa por mim.

De todos os loucos do mundo. Where stories live. Discover now