열 혼합물

59 5 0
                                    

B Y U N

O caminho estava indo tranquilamente, ainda não havia me acostumado com Chanyeol gostar tanto de coisas retrô, seu carro era inteiramente verde, muito bonito e parecia uma edição dos anos 50.
Não sei como, mas só pela forma que ele olhava para o carro, eu conseguia ver um olhar apaixonado.

A estrada estava pouco iluminada, mas ainda sim havia postes de luz ali e aqui, geralmente a cidade literalmente não dormia. Estar andando, mesmo com uma situação agradável, com Chanyeol era com certeza o estopim para meus nervos, era quase como um ímã para tremer.

A música que passava também aumentava a adrenalina boa em nossos corações, cantamos juntos algumas partes de diversas outras músicas, mas essa em específico fazia que nossos olhares se encontrassem e uma sensação extraordinária de querer tanto chegar mais perto e inalar o cheiro que, graças ao suor, estava tão tentador.

O vento corria pelos nossos corpos, e principalmente pelos fios de cabelo, como se não houvesse amanhã, levando em consideração que o alfa ao meu lado estava a quase noventa ou cem por hora. A sensação de liberdade parecia ser mútua, a eminência de qualquer outro momento reinava ali.

Infelizmente, paramos em um breve congestionamento, fazendo que os ventos parassem e que começasse um leve constrangimento. Nos olhamos várias e várias vezes, mas sempre desviamos o olhar para outros lugares. Estava muito abafado o clima e o sistema do carro fazia um bom trabalho para nos deixar confortáveis.

Olhei novamente para Chanyeol, desta vez diretamente para seu peitoral que aparecia levemente pela sua posição de estar sentado no banco do motorista, também graças ao tipo de forma da blusa, provavelmente. Só de olhar um pouquinho me fez quase perder a cabeça, realmente, ele se dedicava muito ao condicionamento físico.

Percebi também que havia algumas tatuagens, poucas mas bem detalhadas, um dia quero vê-las de perto para analisar cada mínimo detalhe. Algumas eram mais claras que as outras, pelo o que tinha conseguido ver, dando destaque a algumas "principais".

— O que você olha tanto, Baekhyun?

De repente a voz de Chanyeol havia ficado mais rouca que o normal, o que fez um grande estrago em mim, meu corpo pareceu se satisfazer e muito com isso, já que quase na mesma hora eu grunhi instintivamente. E quando grunhi, o alfa pareceu gostar, colocando a mão em minha coxa esquerda e apertando, me fazendo gelar.

Comecei a suar frio, e Chanyeol olhava nos meus olhos, sentia que ele via todos os meus pecados de uma vez. Cada segundo que se passava ele apertava mais minhas coxas e me olhava mais profundamente, merda de sinal que não abre mais.

Uma chuvinha e o negócio quebrou, agora eu tenho que tentar driblar uma tentação enorme de sentar no colo do alfa ao meu lado e só sair a força.

Aquele ventinho gostoso não estava mais presente, era quase insuportável agora. Tremi quando senti uma de suas mãos geladas se encontrar com meu queixo, me fazendo olhar também para sua direção novamente.

— Você não respondeu minha pergunta, baekhyunie.

E foi esse o momento quando senti o calor apertar, mesmo com o ar-condicionado ligado, suspirei. Chanyeol sem dúvidas também sentia isso, era nítido, minhas dúvidas foram respondidas quando ele olhou intenso para meus olhos, da forma que ele ainda não tinha feito..

— Baekhyun.. Deixa eu te beijar..

Como dizer não ao Park Chanyeol? Meus Céus eu estou tão ferrado! Se brincar eu tinha desaprendido a beijar, humilhantemente.

— Eu pensei que não fosse perguntar..

Merda, o que saiu da minha boca? Pelo menos eu não gaguejei. E foi quando eu senti nuvens tocar minha boca, caralho que sensação gostosa. Beijar Park Chanyeol é uma das melhores coisas que eu já fiz, sinceramente.

De todos os loucos do mundo. Where stories live. Discover now