capítulo 51

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‼️ALERTA DE GATILHOS‼️ não recomendável para pessoas sensíveis.


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Fiquei tonta, dominada pelo emitir do som que persistiu percorrendo meu ouvido, e que me causou fortes dores de cabeça. Samantha atirou perto demais do meu ouvido.

— Porra, corram! — A voz de Sam, não passava de ruído ecoado na minha cabeça. Ela parecia gritar, abria a boca, com pequenas rugas de preocupação em seu rosto, mas eu só podia ouvir metade do que era me dito.

O sons se tornaram embaraçosos, impossíveis de serem captados por mim. Fiquei tonta, apertando os dedos na cabeça, na falsa ilusão de que o mundo iria parar de girar.

Brandon agarrou a minha mão, e me puxou para que corrêssemos. Havia uma porta há alguns passos. Ele tentou arrombar a todo custo, com os ombros. Estava trancada. Samantha apontava a arma, para os homens, logo a nossa frente.

Me senti inútil. Meus amigos estavam tentando nos salvar, e a única coisa que estava ao meu alcance, era controlar o peso da minha própria cabeça. Minha mente só conseguia gritar: ajude-os! Faça algo! Deveria tomar uma atitude, e ver Brandon quase fraturando o próprio ombro, fez com que meu corpo se deixasse tomar pela onda, assim fui arremessada para a realidade.

Ele não deveria tentar arrombar a porta assim. Levei a palma da mão para a testa, tentando pensar. O sons do ambiente agitado, recorreram novamente. Samantha os ameaçava sem medo, apontando a arma. Observei Brandon quase gritando de dor. Ele estava errado. Estudei a porta, em busca do seu ponto fraco.

— Me dê o anel, ou eu mato os três. — ouvi um disparo de uma arma.

Samantha escondeu-se atrás da parede. O caos estava iniciando, e sabia fielmente que as coisas poderiam piorar.

— Vão se foder, seus escravos de merda. — Samantha gritou, dando mais um disparo.

Não quero nem pensar do que poderá acontecer em questão de dois minutos. A minha cabeça mal podia pensar em uma solução. Aquela porta, era a nossa única salvação, e Brandon não estava nem perto de arrombá-la. Pouco sei sobre isso, mas meus olhos passearam por toda a espessura da porta.

— Brandon, chute com os pés, na região abaixo da maçaneta. — grito para ele o mais rápido que posso.

— Vamos negociar. Só precisamos conversar. — outro homem berra em meio aos disparos.

Pequenos buracos redondos nascem nas paredes. Tudo se tornou um caos. Dessa vez, eles começaram a atirar pra valer. Iríamos morrer, se ficássemos por mais tempo.

Brandon arregalou os olhos, dominado pela hesitação do medo, chutou a porta, com toda a força que poderia impulsar. Corri, me juntando a ele. Dando uma sequência de chutes, até que a porta desse indícios de que estaria solta. Meus pés tremem, meu sangue corre gélido.

— Vão para o inferno. — Samantha estremece, dando o último disparo, antes de correr até mim e Brandon.

Sam passou a também chutar a porta. Ele fazia isso com total força. Eu fiz o máximo que podia. Não iria dar tempo, eles correram até nós, e dessa vez, o número de homens de terno, estava maior. Não havia três, haviam mais dez deles. Alguns com pistola, outros com armas de fogo, metralhadoras e todos os tipos de armas que pensei não existir.

— Desistam, irão sair daqui em um saco preto. — berrou outro deles.

— Abaixem a porra das armas. — o primeiro deles, que havia tido o "privilégio" de nos conhecer primeiro, excruciou para seu parceiro de trabalho.

A última noiteOnde as histórias ganham vida. Descobre agora