A protegida do Rei.

6

Quando a carruagem passou pelos portões, eu comecei a ficar nervosa e a minha confiança foi para o saco, mas eu iria ser firme em minhas palavras e ações.

Um homem veio me ajudar a descer na carruagem, mas eu pulei para fora rejeitando sua ajuda. Os portões foram abertos e eles me falaram que o Rei estava me aguardando em seu quarto.

Subi na força do ódio, abri a porta sem ao menos bater e me arrependi no mesmo momento. Ele estava nu... Pelado igual veio ao mundo.

Me virei de costas e ouvi a sua risada.

__ Desculpe-me, se soubesse não iria entrar.

Depois de um tempo ele disse que já podia virar-me. Quando me virei, ele estava com um roupão vermelho, seu peitoral ficava um pouco a mostra.

__ Precisamos conversar.__ disse dando dois passos em sua direção.

__ Sim, precisamos.__ ele fala também dando um passo a frente ficando bem próximo a mim.__ não podes fugir assim, eu fiquei preocupado.

__ Eu não sou nada sua, eu fui atrás do meu irmão e imagina a minha surpresa quando cheguei e não o vi em minha casa.__ falei brava e ele sorriu de ladino.

__ Fique tranquila, ele está bem. Longe de seus pais devedores, mas não irar vê-lo até você aprender a me respeitar como seu Rei.

__ Oras!... Eu não lhe devo respeito, você pode ser bom para algumas pessoas, mas nunca foi para mim.

__ Eu te salvei da morte.

__ Não fez mais que a sua obrigação, meus pais devem a você e a sua realeza, não eu.

__ Como você ousa falar dessa forma comigo?__ ele segura o meu braço o apertando forte.

__ Me largue!__ tentei tirar sua mão de meus braços, mas ele estava apertando muito forte.__ estás a me machucar!

Ele largou o meu braço com raiva, começou a andar de um lado para o outro. Estava tão nervoso que vi sua pele ficar vermelha.

__ Por que me quer aqui?__ perguntei.

__ Eu não sei, okay?... Eu só sinto que é o certo. Eu quase enlouqueci quando soube que tinhas ido.

__ Você não pode me forçar a ficar aqui, eu tenho um lar, uma família.

__ Uma família que não gosta de você, elas só te usar como qualquer escrava vagabunda.__ eu fiquei tão ofendida com as suas palavras que lhe dei uma bofetada na cara. Arregalei os olhos no momento do meu ato sem pensar já me preparei para que ele me mandasse para algum calabouço.

__ Eu deveria mandar lhe matarem por isso, mas sei que lhe ofendi. Sinto muito por isso, mas dá próxima vez não serei tão bonzinho.__ ele estava tão calmo em um momento tão tenso para mim.

__ Me deixa ir embora!__ praticamente gritei.

__ Você não irá embora! Já lhe falei, só irá quando eu permitir e sabe que não quero isto.

__ Se eu pagar a dívida de meus pais, deixará eu ir?

__ E como pensa em fazer isto?__ ele pergunta rindo e se sentando em sua cama.

__ Não me importo como, posso até vender ao meu corpo para pagar a minha dívida com o diabo.__ ele arregalou os olhos e fez que não com a cabeça várias vezes.

__ Você está louca? Não irá fazer isso! Sabes muito bem que é proibido nesta realeza.

__ Vocês não precisariam saber, eu iria fazer o ato de amor e ganharia dinheiro sem que ninguém soubesse.

__ Eu já sei as suas intenções, então agora que não sairá deste lugar! Eu quero que ouse desrepeitar minhas ordens, seu irmãozinho José está sobe os meus cuidados.__ ele se levantou e ficou próximo a mim, levantou sua mão colocando uma mexa cacheada dos meus cabelos que caiam para trás.

Eu comecei a chorar. Por que só apareciam pessoas nojentas em minha vida, primeiro papa e mama com as suas formas agressivas de me criarem, agora este homem...

__ Não chore, minha Violeta.__ ele ia passar a mão pela minha bochecha, mas eu desviei.

__ Eu quero... ir para o meu quarto.__ ele balançou a cabeça e disse que eu já poderia sair.

Minha vida só vem acontecendo coisas ruins. Não tinha José para animar meus dias com o seu sorriso lindo e banguela. Eu o amo tanto, só espero que ele não esteja com fome ou frio.

Eu me encolhi em minha cama, chorando como um maldito bebê chorão. Tudo podia ter sido diferente, quando eu fiz dezoito anos a dois anos atrás, meu pai tentou arranjar um fazendeiro para mim. Eu deveria ter aceitado, levado José comigo.