A protegida do Rei.

17

Dona Dionísia veio ficar com o José, ela trouxe a janta para ele e disse que iria colocá-lo cedo na cama para dormir.

Eu vesti o meu melhor vestido, ele era lilás, minha cor favorita. Passei um pouco do meu óleo corporal, não tinha dinheiro para comprar um vidro de perfume.

Dei um beijo em José e falei para ele que viria cedo, dona Dionísia iria dormir em minha casa hoje, por pedido meu.

Samuel disseste que iria mandar alguém para me buscar, e ele realmente mandou. Eu iria ir de pé mesmo, mas quando eu estava saindo avistei um homem em uma carroça bem elegante, prefiro chamar de carruagem.

Ele me ajudou a subir e eu fiquei sentada esperando chegarmos. Fiquei olhando os portões do castelo serem abertos e vários guardas reais ali.

Eu não sei porque, mas senti uma coisa boa quando voltei a esse lugar, mas acho que não devia sentir esse tipo de coisa, já que não me fez tão bem este lugar.

Quando eu desci da carroça, vi o Rei de longe na posta me aguardando. Ele caminhou para frente descendo as escadas em sua forma elegante e poderoso. A forma como ele me olhava estava me deixando com vergonha, não sei explicar o porquê disso tudo.

__ Boa noite, Violeta.__ ele disse e eu sorri.

__ Boa noite, Samuel.

Ele estendeu seu braço para mim e eu aceitei. Caminhamos para dentro do enorme castelo que eu já conhecia muito bem, quando foi fechar as portas, percebi que não havia ninguém ali. Normalmente eu vejo vários funcionários.

__ Cadê os funcionários?__ perguntei e ele se virou ficando de frente para mim.

__ Pedi para que eles fossem para seus aposentos, assim teria mais espaço com você.__ segurando em minha cintura, me guiou até a sala de jantar que já estava posta.__ se me permite lhe dizer...__ ele afastou a cadeira para que eu me sentasse.__ você está magnífica.

Ele disse pertinho do meu ouvido, eu senti vários arrepios pelo meu corpo. Eu agradeci o elogio e me sentei. Ele se sentou em minha frente e começou a fazer o meu prato perguntando se eu iria querer cada coisa que tinha ali.

Começamos a comer em silêncio, eu me sentia muito envergonhada em comer em sua frente a um tempo atrás, mas agora não me importo tanto.

Ele está muito bonito e cheiroso, humilha o meu vestidinho simples. Ele ficava me olhando, me deixando nervosa e constrangida.

__ Quero mostrar-lhe algo, antes de ir.

__ O que?__ perguntei bebendo um pouco de minha água.

__ Irá ver. Nunca mostrei a ninguém, mas você vale a pena.__ eu olhei para ele surpresa. Ele tinha um sorriso pequeno nos lábios olhando para seu prato.

__ Estás me deixando ansiosa.__ ele me olhou por cima da taça onde continha vinho, odeio vinho.

__ Não fique, não é nada demais. Para mim é bem importante, mas não é grande coisa.

__ Se é importante para você, não é qualquer coisa.__ ele me olhou profundamente, por um momento vi seus olhos brilharem e minhas bochechas com certeza estão vermelhas agora.

__ Eu adoro quando você cora, fica fofa.__ eu olhei para baixo, estava pegando fogo minhas bochechas.

__ Pare, está me deixando envergonhada.__ dei uma risada.

Quando sua mão parou em cima da minha, milhões de sentimentos passaram pelo meu corpo... Como somente um toque seu me deixava deste jeito? Eu não era assim.

Seu polegar acariciou minha mão carinhosamente, eu sorri ainda de cabeça baixa e tentei voltar a comer sem dar atenção a suas carícias em minha mão.