Capítulo 21

2.1K 170 200
                                    

"No meu último post, houve uma guerra nos comentários, e eu precisei intervir. Primeiro que eu não aceito ofensas nesse blog, a menos, é claro, que sejam feitas por mim. ( É brincadeira, está bem? Eu tento não ofender ninguém. De propósito). Mas o motivo da discussão foi divertido. Cômico. Isso não é a Seventeen, para vocês ranckearem os irmãos Bridgerton do mais gosto para o menos. Eu mesma não saberia dizer. mas como sou a favor da objetificação masculina para dar uma variada, resolvi elencar as principais qualidades de cada irmão, segundo vocês mesmas. E eu, é claro. Para começar temos Anthony, o mais velho. Com seus olhos e cabelos castanhos, Anthony sempre foi um estudante e atleta exemplar, agora em Cambridge e faz parte do time de críquete e polo lá. Sério, um pouco... sisudo, bastante responsável e completamente mulherengo. Mas mulherengo com M maiúsculo, já que ele saia com mulheres mais já formadas enquanto ainda estava na escola. Depois temos Benedict, o artista. Benedict ter ido para a faculdade de direito até hoje é maior desperdício que o mundo das artes já viu. Faz o tipo bonitinho atormentado, alto e com o sorriso mais doce. Ele é bem mais discreto que seus irmãos quanto as suas conquistas amorosas, mas não se engane, ele não é nenhum santo. E por último (ou pelo menos último que tenha passado pela puberdade) temos Colin Bridgerton. Ah, Colin! Veterano no st. James, Colin anda por aí com sua câmera fotográfica e sua Harley Davidson provando que é o tipo mais perigoso que existe: carcaça de badboy, mas interior de um gentleman. Também pratica esportes como Anthony mas tem uma inclinação para as artes, como Benedict. O tornando a perfeita combinação entre os irmãos.

Mas a verdade é mesmo que vocês possam ter um favorito entre os irmãos Bridgerton, qualquer idiota que tiver a chance com um deles, é uma sortuda do..."

Blog da Lady Whistledown, junho de 2009

Era um domingo gelado em Nova York. Mas ainda assim, Colin corria pelo Central Park como ele fazia todos os domingos ao lado de Holly, sua amiga, mas naquele, em específico, ele estava sozinho. Ela havia cancelado dizendo que estava frio, ela estava de ressaca e sua esposa tinha feito panquecas para o café da manhã e iria passar aquela corrida. Ela convidou Colin para se juntar elas, mas ele agradeceu o convite, e preferiu correr. O frio ajudava a pensar, Penelope tinha dito para ele, um dia. E hoje ele se via concordando, ainda que nos últimos meses tenha focado em tantos exercícios físicos para ajudá-lo a fazer justamente o contrário. Ele adquiriu o hábito de correr todos os dias pelo sua vizinhança no Brooklin, e aos domingos se junta a Holly no Central Park. Mas ele também ia para academia diariamente e tinha começado a aprender boxe. Era uma forma de aliviar sua frustração. Se ele estava cansado demais, conseguia apenas cair na cama e dormi, sem passar horas virando de um lado para o outro revivendo os últimos anos da sua vida. Revivendo todos os momentos que teve com penelope pelos últimos doze anos.

Funcionava na maioria dos dias. Mas as vezes tinha aquele segundo, onde ele via uma garota com o exato mesmo tom de cabelo que ela, que o transportava para como ele gostava de mexer nas mechas ruivas dela, da sensação dos fios de cabelo dela sobre seus dedos ou de como eles brilhavam na luz do sol. Sobre como ela havia dito a ele que quase pintou de loiro algumas vezes e da vez que ela fez ele editar as fotos para ver como ela ficaria com a cor do cabelo diferente. Tinha outras vezes que ele estava com seus amigos e alguém pedia algo que ela gostava: um donut de frutas vermelhas. Um bolo de chocolate e ele se perguntava como ela estava. O que ela estava fazendo, como estava a vida.

Colin acelerou os passos quando os pensamentos se voltaram para ela mais uma vez. Ele teve seu primeiro encontro sexta-feira. A primeira vez que ele saiu com alguém desde que eles terminaram. Desde que ele se apaixonou por ela. E foi desastroso.

Ok, não foi desastroso.

Nada de ruim realmente aconteceu. Foi um jantar e um cinema entre duas pessoas. Mas parecia errado. Não importava que ele tivesse escolhido sair com a amiga de Holly mais diferente possível de Penelope. Ele só conseguia pensar nela. Em como ele se sentia traindo ela. Traindo eles, mesmo que não houvesse um eles mais. Trisha era ótima. Ela tinha muito em comum com Colin, uma escultora, viajada, divertida. De uma família grande, ela mesma tem cinco irmãos.

HomeWhere stories live. Discover now