Capítulo 12

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"Ah, o amor, o amor... Fui acusada diversas vezes por vocês de ser um tanto quanto cínica e às vezes até mal amada. O que sempre me leva a várias risadas, pois ao contrário do que vocês acreditam, eu sou uma romântica incurável. Não só acredito no amor como torço por ele. Agora, que culpa eu tenho se vocês possuem uma visão ingênua e hollywoodiana do amor? O amor romântico tal qual vocês pregam existe apenas para 1% da população. E acreditar que cada panela possuí uma tampa é injusto com as assadeiras. Vocês não acham que é bem mais fácil aceitar de início que você está destinado a ficar só, ou que alguns casais nascem com data de validade impressa? Evita a fadiga. E o sofrimento. No entanto, eu sempre fico muito feliz ao ver um casal que parece fazer parte desse 1%."

Lady Whistledown em seu blog pessoal, 2010.

Colin estava ansioso. Havia algo sobre Penelope, que o fazia se sentir como um colegial. Ele, um homem feito, estava ansioso para acompanhar Penelope Featherington, uma mulher feita a uma festa onde sua mãe estaria presente. Quando ela finalmente apareceu ele sentiu o ar deixando os seus pulmões.

- Desculpa a demora. Eloise estava me mantendo em cativeiro. Podemos ir, se você quiser. - Ele a encarou, sem ao menos perceber a presença de Eloise encostada na parede que dava ao corredor. Penelope estava deslumbrante. O vestido tinha um decote que estava sendo bem generoso com ele. Colin estava com medo de estar babando a essa altura. - Colin! - Penelope chamou sua atenção, um pouco vermelha. - Olhos aqui em cima.

- Desculpe. Uau. Você está magnífica, Peps. Acho que eu esqueci como se formam frases. - Ele ofereceu a ela seu sorriso mais travesso e viu um sorriso em resposta aparecer no rosto dela.

- Você também não está nada mal. - Ela deu dois passos em direção a ele e ele estendeu a mão.

- Gostaria de ter trazido minha câmera. Você está maravilhosa. Eu já disse isso né? Estou me repetindo.

- Aqui, crianças. - Eloise chamou apontando o celular. - Lindos da mãe. Agora vão e se divirtam. Por favor, não me acordem quando chegar. Vou dormir. - Ele olhou para irmã que parecia péssima.

- Você foi atropelada por um caminhão ou algo assim? - Ele perguntou.

- Colin. - Penelope o repreendeu. Mas Eloise fez com a mão para deixar para lá.

- Algo assim. Cuida bem dela, Cols.

- Pode deixar. - Ele sorriu para irmã que já tinha dado as costas e ido para o seu quarto.- Nenhum comentário sarcástico? Ela está mal mesmo.

- Pois é. Me parte coração deixar ela aqui sozinha.

- Ela está medicada?

- Sim, foi no médico ontem. - Eloise reapareceu no corredor.

- Vocês ainda estão aqui? Andem, chispem! - Os dois saíram do apartamento rindo.

Colin ficou um pouco envergonhado quando Penelope encarou a limousine.

- Bem, eu não tenho um carro, como você sabe. E minha mãe mãe usou o carro para ir ao noivado, e Francesca saiu com o outro, e aparentemente, esse foi o único carro que o Anthony achou digno de me mandar. - Penelope riu.

- Eu devo reconhecer, Colin, que o Anthony parece empenhando em fazer nós dois acontecer. - Colin foi até a porta e abriu para ela, sorrindo.

- Bem, eu também. - Ele entrou e se sentou ao lado dela. - Só resta saber quanto a você. - Ele notou que ela corou. O olhar dela estava para frente.

- Eu estou disposta a ver como esta noite termina. - Então se virou para ele. Deus, era uma mulher como poucas. Como ele nunca havia notado antes? Ele deveria mandar checar os próprios olhos. E talvez a cabeça. Ele estava maravilhado com Penelope Featherington. - O que foi?

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