Capítulo 24

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"Quem não ama um final feliz? Está bem, está bem, muita gente. É irrealista. É clichê. Mas está aí a questão. A vida é difícil. Para grande maioria das pessoas os dias felizes não são a maioria. Então se eu e uma parcela sonhadora da população gostamos de ler um bom final feliz, por que tirar esse pequeno prazer da gente? Por que diminuir um sonho inocente de que no fim, todos os nossos problemas, todos os nossos esforços serão recompensados? Não existe final feliz na vida real, então para que eliminá-los da ficção? Que tipo de pessoa amargurada não sonha com coisas impossíveis?

Então sim, irei sempre desejar um final feliz para cada história..."

Blog da Lady Whistledown, dezembro de 2011.

Penelope ajeitou o notebook no colo. Não é porque ela simplesmente tinha metido o louco no trabalho para ir atrás do Colin que o trabalho simplesmente deixou de existir. Na verdade, os três primeiros dias em que eles estavam se resolvendo, ela não mexeu em nada da editora, mas quando abriu seu email quase teve um mini infarto. Ainda estava lidando com sua caixa de email e seu chefe enlouquecido. A sua sorte é que suas escritoras eram todas de romance, e quando ela explicou o que tinha feito, todas foram muito compreensivas. Uma até disse que aquilo deu uma ideia para seu próximo livro. Ela viu com sua visão periférica quando Colin apontou a câmera para ela e bateu uma foto.

— Col!

— Apenas registrando! — Ele sorriu, o fone pendurado no pescoço, o cabelo emaranhado.

— O que? Eu trabalhando num avião?

— Você fica extremamente linda concentrada. — Ele sorriu e ela sorriu de volta. — Avisou alguém que estamos voltando?

— Só Eloise. Disse que como você está sem apartamento, vai ficar lá em casa.

— E ela está ok com isso?

— Sim, na verdade ela só respondeu "beleza". — Colin deu de ombros e começou a mexer na câmera. Penelope voltou para seu computador.

— E como vai ficar nossa situação a longo prazo? — Ele perguntou.

— Como assim?

— A gente vai morar com a Elo para sempre, como em um a república?

— Você está pedindo para morar comigo?

— Não, você que pediu para eu ir morar com você. — Ele sorriu para ela e lhe cutucou. — Atravessou o oceano e tudo, me puxando pelos cabelos de volta para Londres.

— Pobre coitado! Alguém avisa as aeromoças, o rapaz aqui está sendo sequestrado! — Ela empurrou ele com o ombro. Colin levantou uma sobrancelha e cruzou os braços.

— Vai me enrolar, Penelope Featherington?

— Não. Só é... um grande passo, né? Ir morar com alguém.

— Mas a gente já não está fazendo isso? — Ele questionou.

— Sim, mas...

— Mas não seria legal a gente não ter que se preocupar em ser pego no flagra de novo pela minha irmã? — Penelope suspirou.

— Depois do ano novo podemos começar olhar algo para nós. — Então ela parou. — Será que a Elo vai ficar chateada?

— Duvido muito. Ela deve estar um passo de ir para Gloucestershire. Ela postou foto com as crianças. — Ele mostrou no celular uma Eloise sorridente com uma Amanda de cachos saltando e um Oliver correndo. Penelope tinha uma sensação de pertencimento quando via Eloise com as crianças. Ela sabia que os gêmeos pertenciam a Elo, mesmo que ela não tivesse dado a luz a eles. E de certa forma, Penélope os amava por extensão. Por serem parte de sua amiga agora. — É estranho eu não conhecê-los mas já considerá-los meus sobrinhos? — Colin perguntou como se tivesse lido sua mente.

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