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Emma

O menino de cabelo castanho bem arrumado para na minha frente quando eu tô coçando meus olhos que sei que estão vermelhos e bocejando, pois não dormi nada passando a noite inteira chorando por mais uma das humilhações do Miller, que encheu o banheiro que normalmente só eu uso já que o quarto dele é uma suíte, com bosta de vaca. Dizendo ele que seria fácil de eu limpar por já estar acostumada. Até disse que era como trocar a fralda de uma irmã minha.

Eu tô dizendo que vou acabar matando aquele imbecil com o próprio travesseiro dele. A minha sorte que ele não dormia em casa, sempre que terminava de comer me enchia a paciência e metia o pé e eu só o via no dia seguinte. E que nenhum dos escrotos dos amigos dele aparecia lá no apartamento na verdade não ia ninguém visitar ele. Ninguém mesmo. Nem no fim de semana ia algum parente ou eu ouvia ele combinando algo com a família, ouvia só com os amigos dele isso quando ele tava em casa. Igual eu que tava ignorando a minha família, ainda não tinha contado onde e com quem vivia agora.

— Repete — peço pro moço na minha frente. Ele rir todo fofinho. Já não gosto — Sabia que tava tirando uma com a minha cara. Cadê ele? O que ele mandou você fazer comigo?

— Ele quem? — pergunta com cara de quem não tá entendendo.

Olho em volta procurando por um sorriso do mal, olhos castanhos sem vida, cabelo loiro despenteado caindo sobre a testa e um poste de preto dos pés a cabeça.

— Lucas.

— Quem é Lucas?

Suspiro já sem paciência com esse cara. Até parece que vou cair.

— Miller. Lucas Miller — falo revirando os olhos.

Mas ele só olha pra mim como se eu fosse doida e rir todo bonitinho de novo.

— Emma, eu não tô aqui por esse cara. Agora que disse Miller, é eu já ouvi sobre ele, mas pelo o que ouvi, posso dizer que ainda não tive o desprazer de conhecer ele.

Emma.

É tão bom ouvir meu nome. Chega sorrio. Desde que Miller passou a me chamar de caipira o povo só me chama assim ou pelo sobrenome. Lá em casa sou irmãzinha e bebê para meus pais. Eu gosto do meu nome. Gosto de ouvir ele.

— O Miller não te mandou você me contratar mesmo?

— Não.

— De verdade verdadeira?

Ele volta a rir.

— Sim.

— Fechado. Eu posso as terças e quintas. Às sete. Tem um café há vinte minutos fora do campus. Nos vemos lá.

— Não pode ser aqui?

Olho de novo em volta. Estamos na biblioteca, durante esse tempo todo que tô aqui nunca vi Miller por aqui.

— Pode ser. Quem te falou mesmo de mim?

— A sua antiga ex colega de quarto tá saindo com um primo de um amigo.

Eu lembro mesmo da Natalie saindo com um cara enquanto ainda dividimos o quarto.

— O tal do Miller é seu ex?

— Deus me proteja — rio quando ele rir do jeito que falo desesperada — Eu te contaria a missa toda, mas vai perder a graça daqui a pouco você sabe de tudo.

Eu vou aproveitar pra garantir pelo menos algum dinheiro daqui a pouco ele sabe de tudo e não vai mais querer que eu ajude ele com as matérias que não tá entendendo. Só sendo novato no campus pra querer que eu ensine. Já até digo a ele que cobro adiantado e não tem reembolso. A situação tá feia. A comida no refeitório também aumentou e agora que não tô pagando o quarto vou economizar e entregar tudo depois a minha família. 

Nas Mãos Do Badboy - 1º da série Nas Mãos Do Amor {COMPLETA 🔞 - BULLY ROMANCE}Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ