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Emma

Só pra manter a tradição , Lucas e eu estamos agarrados um ao outro, a única diferença é que estamos no sofá e não faço a mínima ideia de como meter o pé sem nos derrubar e nem sei como já não fomos parar no chão.

Eu paro de estudar as possíveis maneiras quando Miller começa a se mexer e me apertar mais entre seus braços, espero angustiada que ele comece a gritar, mas ele não faz isso. Lembro de como ele nunca acordou gritando quando dormimos juntos. Isso é muito estranho.

Fico pensando tanto nisso que levo um susto quando olhos castanhos escuros e sonolentos estão me encarando.

— Você é um saco até pra dormir — resmunga.

Reviro meus olhos.

— Ontem não reclamou, imbecil — empurro ele.

O baque de Miller no chão me assusta e faz rir ao mesmo tempo.

— Cacete, sua caipira dos infernos!
Rio mais.

— Desculpa — peço entre o riso, olhando pra ele ainda no chão.

Os olhos fechados e imagino ser pela dor, quase sinto pena. Eu realmente não pensei que tinha colocado tanta força.

Seus olhos se abrem quando uns fios do meu cabelo caem sobre seu rosto.

— Você me paga — diz ao mesmo tempo que me agarra pela nunca, mas  é pelo meu braço que ele me puxa.

— Lucas!

Eu caio em cima dele.

— Você tá com bafo — ele diz estando com o rosto bem próximo ao meu, suas mãos em minha cintura e as minhas espalmadas por seu peitoral.

Eu lembro das partes irregulares em suas costas, me lembro também da menina falando sobre possíveis cicatrizes, eu sei bem do que se tratava mesmo naquele momento em que provavelmente eu não saberia responder quanto é dois mais dois.

Lucas Miller esteve em um incêndio ou um outro acidente que envolvesse queimaduras em seu corpo. Lucas tinha vergonha ou não gostava de recordar toda vez que se olhasse no espelho daquilo, claro que não gostaria, talvez pudesse ser até os dois. Disso eu sentia compaixão e não me recriminaria, mal consigo imaginar a dor que ele sentiu.

— Você também não é nenhum campo de hortelã — digo esperando que ele me empurre pra longe dele ou me xingue, sem duvidas os dois, mas Lucas me ignora e une nossos lábios.

Eu levo algum tempo para me acostumar, normalmente não duramos muito em nosso momento "bom" e ontem foi um dia cheio dele que se estendeu até a noite, era pra Lucas estar me expulsando e tinha a coisa de não ter escovado os dentes ainda. Bem nojento, mas me pergunte se eu queria que o momento acabasse.

Eu estava cada vez mais Emma Parker.

Muito mesmo.

Emma Parker pra valer.

Também não quebrando a tradição, Lucas está sempre preparado, ele tateia por algo que imagino ser o que é ainda com nossos lábios grudados e logo surge com sua carteira, eu estava vestida apenas em minha calcinha e blusa e ele de cueca e camisa.

— Coloque e monte em mim — diz ofegante e os olhos longe daquela escuridão rotineira, deixando de me beijar e com a camisinha em mão. Me sento sobre ele que libera um gemido e posso sentir como Lucas está duro, minha mão treme levemente, mas ele nota — Não precisa se preocupar — diz de um jeito tão suave que eu não duvidaria se ele tivesse contratado um sósia.

Nas Mãos Do Badboy - 1º da série Nas Mãos Do Amor {COMPLETA 🔞 - BULLY ROMANCE}Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora