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Lucas

Emma faz círculos na palma da minha mão com seu polegar, e meus dedos lhe fazem cafuné enquanto tem sua cabeça deitada em meu peito, o jogo rola na tevê e eu não sei quando deixo de estar atento a isso para notar os pequenos detalhes.

O cabelo dela tem um cheiro fodido de tão bom e o movimento em minha mão, também é uma merda fodida de tão gostosa, igual a ela. Já estávamos há um pouco mais de um mês nessa merda e eu não me via enjoando, estava indo pelo caminho contrário.

Isso me incomoda.

— O que foi? — pergunta preocupada ao me olhar. A porra daqueles malditos olhos que odeio me encarando — Lucas?— puxo minha mão e levanto, a cabeça dela vai direto pro sofá.

Vou até o quarto, visto uma camiseta, minha jaqueta e calço os meu coturno.

Nós tínhamos feito sexo antes da partida iniciar, Emma vestia uma das minhas camisetas, enquanto eu tinha ficado sem nenhuma.

Ela está no corredor quando saio do meu quarto ou melhor, nosso. Desde que voltou ao apartamento sequer foi para seu antigo quarto.

Meu guarda-roupa passou a ser nosso, as prateleiras no meu banheiro também, assim como minha cama, meu cobertor, meu notebook, meu cereal.

Não havia mais nada só meu, era tudo nós.

— Vou ver o jogo com os caras — passo por ela que me segue — Não me espera acordada — pego as chaves na mesa de centro e me apresso até a saída.

Eu ainda ouço ela chamar meu nome.

E eu odeio tanto a forma que isso chega em mim. A forma como me faz desejar intensamente voltar e me jogar no sofá com ela em meus braços, sentir seu toque e seu cheiro.

Me apresso ainda mais pra longe dali.




(...)

Olhar pra Mark faz com que eu me arrependa, volto a olhar pra Chris e lá está ele com aquele mesmo olhar de quem estou fazendo merda, Mark estava igual. Como se esses porras pudessem me julgar de qualquer coisa.

Era por isso que eu os suportava. Éramos um trio de merda.

— Cansou da caipira, Miller? — Amanda pergunta sorridente, se sentando ao meu lado em uma das irmandades. Algumas garotas tinham convidado uma galera pra ver o jogo e acabou em festa — Sabia que enjoaria — se diverte ainda mais.

Fico em pé e é um mal negócio. Eu enfiei a cara com tudo no uísque barato.

— Não fala da minha namorada, porra — sua diversão acaba logo, me sento ao lado do Chris.

Ele arranca o uísque da minha mão e joga nos pés de Amanda. Ela grita e atrai alguns olhares, o som não estava tão alto.

— Seu viciado de merda — estendo meu pé e Mark vira sua lata de cerveja no chão, que espirra nela. Amanda volta a gritar e anda um pouco, caindo quando tromba em meu pé — Seus trogloditas de merda! — nos xinga ao levantar e olhar ao redor envergonhada.

Chris e Mark se acabam de rir. Eu atiro minha cabeça pra trás e fecho os olhos. Tudo roda e no meio da confusão, aparece aquele maldito belo rosto ostentando imensos olhos verdes e eles me sugam. Abro rapidamente meus olhos e fico em pé.

— Miller!

Eu não sei qual dos dois grita por mim, mas já estou em meu carro.




(...)

Acordo quando a imagem de Clarence começa a se formar por cima da imagem de Emma, a luz me cega por um momento e percebo onde estou. No estacionamento do prédio onde vivo, onde Emma e eu vivemos. Porra. Era eu quem devia estar na cama quente lá dentro, não ela. Aquele é meu lugar, não dela.

Nas Mãos Do Badboy - 1º da série Nas Mãos Do Amor {COMPLETA 🔞 - BULLY ROMANCE}Where stories live. Discover now