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Emma

A barra tá limpa quando volto dois dias depois pro apartamento de Miller. Não há nenhum sinal dele, a noite já engoliu a claridade. Aproveito pra poder tomar um banho e lavar o cabelo, eu tinha estacionado meu carro distante daqui e faltei as outras aulas que tinha com Miller.

Enquanto tiro o sabonete e condicionador fico pensando outra vez naquele momento lá no terraço. Miller viu uma parte minha que homem nenhum jamais viu e ainda iria me tocar ali, me chupar até eu gozar e por um momento o meu plano distração pra poder me mandar foi pro ralo. Enquanto ele tava de joelhos tocando a minha pele, quando rasgou as laterais da minha calcinha vergonhosa de unicórnio e encarava minha boceta, eu quase esqueci o plano. Verdade verdadeira eu esqueci mesmo um momento e só quando me assustei com ele gemendo enquanto se aproximava pra me chupar que me dei conta. Nem sei se ele percebeu que gemeu enquanto encarava o meio entre minhas coxas.

O gemido dele excitado foi tão gostoso de ouvir quanto o meu nome saindo de sua boca. Mexeu em algo dentro de mim, já tinha mexido antes, mas naquela hora piorou. Foi gostoso de mais pra minha segurança, pra minha sanidade. Pra minha vida. Miller era perigo e perigo nunca é gostoso.

Claro que ele seria.

Claro que ele não facilitaria.

Claro que ele tinha que me perturbar até nisso.

Deixo isso pra lá e me adianto, ainda tenho que pegar minhas coisas e dá o fora antes que ele chegue.

Meu celular toca assim que termino de vestir o único conjunto de moletom decente que eu tenho.

— Alô — pergunto sem reconhecer o número e sento na cama pra não correr o risco de desmaiar e bater com tudo a cabeça no chão — Tô indo.

Como me iludi achando que ele esqueceria?

Quanto tempo fiquei mesmo no banho?

Esqueço e desço rápido lá pra baixo. Era do reboque falando sobre o meu carro. Alguém, um imbecil escroto, destruiu o meu carro e ainda o guinchou.

Eu odiava Lucas Miller.

(...)

Os olhos castanhos sem vida e maldosos é a primeira coisa que vejo quando chego no endereço que o senhor me passou, só depois vejo no que ele tá sentado. Meu carro todo ferrado.

O moço com uma barbona fica me dizendo o quanto vai custar pra arrumar e que na opinião dele vale mais a pena eu vender as peças, fora o trabalho dele de ter ido buscar e pelo tempo em sua garagem. Mesmo que eu ouça e balance uma vez e outra a cabeça, fico só olhando o imbecil com seu sorrisinho que já tá me dando nos nervos.

Se meus irmãos não me matassem, eu me mataria.

Não tinha como pagar por aquilo.

Concordo com o moço de vender as peças pra ele. Ele fica muito feliz, normalmente eu sou boa nesse tipo de coisa, aprendi com minha família quando chegava a hora de vender o que a fazenda dava, mas minha cabeça parece que vai explodir.

Não é só pelo carro, é pelo esforço que meus irmãos desperdiçaram pra que eu pudesse chegar em casa algumas horas antes quando desse pra ir visitar eles, pra que a gente pudesse aproveitar mais o tempo em família. Por sempre se esforçarem pra que eu possa ter o melhor que conseguem me dar.

E enquanto isso, um mimadinho vinha e jogava tudo no lixo. Pelo puro prazer de fazer maldade, de ter as pessoas aos seus pés.

— Eu te odeio — digo com mais raiva que já tive dele algum dia.

Nas Mãos Do Badboy - 1º da série Nas Mãos Do Amor {COMPLETA 🔞 - BULLY ROMANCE}Where stories live. Discover now