Nas Mãos Do Badboy - 1º da série Nas Mãos Do Amor {COMPLETA 🔞 - BULLY ROMANCE}

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Emma

Suspiro outra vez e Natalie me joga seu travesseiro também outra vez. Devolvo.

— Que foi, garota? Seu namorado te deu um pé na bunda? — pergunta debochada — Sabia que essa palhaçada não ia adiante — rir.

— Pra acabar tinha que começar — é só que lhe digo pegando meu casaco — Que horas são? — lhe pergunto me arrependendo.

— Quase dez — me viro surpresa por responder.

— Obrigada.

— Tanto faz — diz e xinga a folha da apostila que ela encara há um tempão.

Me aproximo vestindo o casaco.

— Marque "b" em todas. Já fiz essa matéria semestre passado.

Pego as minhas chaves na minha mesinha de estudos.

— Se eu perder...

Interrompo ela.

— Se você se der bem, me deve uma.

O ar frio quase me faz voltar correndo pro meu quarto, mas já tinha vários dias que eu tinha esquecido o carregador do meu notebook no apartamento do Miller e não podia mais me dar o luxo de deixar ele sem carga, já tava velho o suficiente então eu não tinha que dar motivos pra que ele pare de vez de funcionar.

E também tinha alguns produtos de higiene que comprei em uma promoção, daria pro restante do mês e o seguinte, esse era outro luxo que eu não podia me dar.

Quando estaciono em frente ao prédio olho pro andar de Miller e como imaginei a luz está apagada, ele não estaria em casa um hora dessas e muito menos com luzes apagadas nem que fosse da televisão e daria pra ver daqui.

— Olha quem tá aqui. Voltou — o síndico baixinho diz de cara feia quando entra no elevador. Eu fico toda sem graça — Espero que a senhorita e seu namorado não façam tanto barulho. Vocês parecem meus pais quando estavam no fim do casamento.

— Não somos um casal — é a única coisa que lhe digo.

— Hmm.

Me afasto dele durante o caminho, ele é o primeiro a sair e me olha feio de novo antes de sumir. Dou língua enquanto a porta fecha.

Por que todo mundo tem que achar que Lucas Miller e eu somos a porcaria de um casal?

Algumas coisas passam por minha mente, mas eu nem ligo. É estupidez.

Antes que eu possa ter a chance de enfiar a chave na maçaneta ouço o grito que vem de dentro do apartamento. Me apresso e corro tão rápido pro quarto de Lucas que só quando abro a porta e vejo o vazio que, me dou conta que Miller, está deitado no sofá.

O grito parou, mas ele fala coisas baixinhas que não entendo e fica se mexendo como se afastasse algo ou alguém dele. Seguro seus ombros e balanço.

— LUCAS, ACORDA! — grito e ele o faz se sentando tão rápido quanto eu corri pra ele — Passou. Tá tudo bem agora — com meu celular acho o controle e ligo a televisão colocando logo no mudo. Seus olhos castanhos estão arregalados e assustados ainda e com a luz dá pra notar o suor escorrendo de sua testa, uns fios loiros até fica preso na testa — Vou pegar água — digo só agora notando meu coração acelerado e não querendo deixar ele sozinho, mesmo que a cozinha seja só alguns passos daqui.

— Não — ele diz segurando forte o meu pulso — Não tô com sede.

— Tá — continuo ali agachada olhando pra ele — Quer macarrão com queijo?