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Emma

Meu coração bate muito forte e os minutos passam rápido daqui a pouco tenho aula de química e vou encontrar o Miller, ele não falta e dúvido que vá faltar hoje. Depois de me beijar, de eu deixar ele me beijar e ainda pior, beijar ele de volta me tirou do seu colo e saiu como se nada tivesse acontecido e não voltou pra casa. Eu sei porquê outra vez por conta dele não consegui dormir.

Não quero ver ele. Não quero nunca mais olhar na cara dele. O que foi que eu fiz? Por que eu fiz aquilo? Por que deixei ele fazer aquilo? Eu tinha decidido ir na dele, mas fui longe de mais e o pior que deu umas coisas que não quero nem dar nome pra não ser mais real ainda. Meu Deus eu sou doente igual ao Miller. De tanto eu chamar ele de doente tava igual. Pior.

— Até a próxima semana, alunos — se despede o professor.

Eu enrolo até depois que todos meus colegas saem e mesmo assim nem tô mega atrasada, agora o tempo inverteu e não passa. Mesmo que eu me mova daqui a cinco minutos o professor de química ainda vai me deixar entrar pra aula. Merda. A aula é importante. O que foi que eu fiz? Que porcaria de vida. Emma Parker você é muito burra.  

(...)

O professor me alerta que mais dois minutos e eu não entrava. Merda. Era só mais dois minutos. Ele tá lá como eu sabia que iria estar. A porcaria daquele cabelo tá lá mais bagunçado que nunca e parece que vejo as minhas mãos puxando e bagunçado ele como fiz noite passada, a porcaria daqueles lábios bem feitos e macios tão lá com aquele sorriso maldoso no canto, aqueles olhos castanhos mortos tão seguindo meus passos até que me sento ao seu lado. As duplas do semestre já foram definidas e o parceiro de bancada era ele, sem trocas.

— Vi seu namorado hoje ou seja lá o que ele for — diz puxando o meu caderno e anotando nele.

— Tim não é nada meu.

Puxo meu caderno quando ele para de escrever. É um número de celular.

— O que vamos jantar hoje?

— Vou ver uma palestra hoje.

— Sobre o quê?

— Como se manter afastada de um grande imbecil.

Anoto o que o professor escreve no quadro. Em outra folha.

— Não funciona muito quando você dorme no quarto ao lado e gosta de beijar ele.

— Você me beijou.

— Como eu esqueci da arma que apontei pra sua cabeça? Minha memória tá péssima — diz irônico.

— Não vai mais acontecer.

— Vamos ver.

— Não é você que tem nojo de mim? — paro de anotar e viro pra ele, acho que falo alto porquê olham pra gente.

— Conversem lá fora — o professor manda quase que gritando.

Pego minhas coisas e saio.

— Tá errado — ele diz ao professor apontando pro quadro — Que tipinho contratam pra esse lugar, não é colegas? — os alunos riem e concordam com ele, o professor fica vermelho de vergonha e aposto que de raiva.

Pior é que a afirmação no quadro realmente era falsa, faz um bom tempo que não era mais aceita.

Lá fora Miller pega por meu pulso e me leva pra onde sei que vai dá no terraço, o mesmo lugar que me levou quando Mark corria atrás de mim. A porta tá trancada, mas ele consegue abrir parecendo coisa de filme, usa um grampo que sei lá porque carrega com ele e um cartão.

Nas Mãos Do Badboy - 1º da série Nas Mãos Do Amor {COMPLETA 🔞 - BULLY ROMANCE}Onde as histórias ganham vida. Descobre agora