Faz exatamente um mês que o mundo voltou a ser como era antes, bem, pelo menos as pessoas que se foram voltaram, entretanto o mundo ainda continua uma grande e completa bagunça, talvez agora mais do que nunca. Também faz um mês que você e seus três filhos voltaram, não consegue imaginar como foi para seu marido perder todos de uma única vez, para vocês fora apenas cinco segundos e para ele cinco dolorosos anos. Então, é, você tem só tentando continuar sua vida de onde parou, mas não funciona para ele, pois ele viveu coisas demais por conta da dor e agora isso só piorou porque Natasha se foi pela eternidade e, infelizmente, não irá voltar como vocês voltaram e isso te destrói de um modo grandioso também. Fora Natasha a primeira a apoiar aquela união, ela era madrinha de casamento, madrinha da Lila e tão querida que o nome do terceiro filho era em homenagem para ela, agora ela se foi e você não pôde se despedir.
── Nate, amor, você pode, por favor, recolher os brinquedos do chão? ── você pediu se aproximando do seu filho caçula e acariciando os fios castanhos dele. Havia uma bagunça de dinossauros, arcos e flechas de brinquedo no chão da sala. ── Tá bom, mãe. ── o menino concordou e você sorriu sem mostrar os dentes, deixando um beijo no topo da cabeça do mesmo. Então olhou de relance para a porta que dava acesso a varanda da casa, avistando seu marido por lá. ── O papai tá bem? ── Nate perguntou colocando os dinossauros de brinquedos no lugar deles, você o olhou e suspirou um pouco. ── Ele vai ficar, querido. ── respondeu e o menino assentiu, se dando por convencido. Você então o deixou ali organizando sua pequena bagunça e caminhou até a porta. Ao abri-la sentiu o vento gelado de outono lhe acertando, mas mais do que isso, sentiu preocupação. ── Tá tudo bem, amor? ── perguntou ao se aproximar e então Clint pareceu sair de seu próprio mundo, seu coração se partiu um pouco mais ao vê-lo secando algumas lágrimas. ── Sim, tá tudo bem, amor. ── ele falou e sorriu, logo desviando o olhar para o lado. ── Tá tudo bem não estar bem, querido. ── contou aquilo como se fosse um segredo e o homem te olhou com os olhos inundados de lágrimas e sorriu sem mostrar os dentes. ── Não consigo, não consigo esquecer. ── suas sobrancelhas se juntaram e seus olhos também se iluminaram de lágrimas, ninguém devia passar por algo assim, é desumano, é injusto. ── E não vai. ── constatou e fechou o espaço entre vocês, o abraçando apertado. ── O que ela fez por você, pelo mundo, é grande demais pra um dia podermos esquecer. ── Eu me sinto culpado e egoísta, queria que ela não tivesse feito aquilo, mas aí seria ela chorando aqui com você e eu não sei como lidar com nenhuma das dores. ── Clint, pela primeira vez desde que tudo aconteceu, se abriu e você viu aquilo como um passo importante. ── Você não tem que saber de tudo, Clint, só que ela te deu uma nova chance. ── você falou e acariciou as costas do mesmo. ── E o que eu faço com isso, Sn? ── Você vive por vocês dois agora, querido. ── contou e sorriu levemente. ── Aproveita do sol, dos seus filhos, dos amigos que ficaram, da sua esposa, ajuda pessoas, faz tudo que sabe que ela gostaria que fizesse. ── O que? ── ele perguntou e lhe olhou nos olhos. ── Continue sendo você, o Clint Barton que ela e eu tanto amamos. ── sugeriu e deixou o beijo calmo nos lábios do homem, sorriu e então voltou para dentro. Você sabia que ele precisava apenas de tempo e sabia que Natasha Romanoff nunca morreria enquanto estivesse viva em seus corações, então ela seria eterna.
Tati 🏹
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Eu sempre quis fazer um imagine assim com o Clint, onde a Sn o ajudasse com o luto, então eu acho que esse imagine é muito significativo e eu realmente queria poder ajudar o Clint com essa dor, mas como escrito no final: Natasha Romanoff é eterna.
