2. bad weather and rainy days

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Atualmente

Mads.

O dia correu dolorosamente lento. Interrogações, gritarias e insultos. O barulho dos socos impactando o rosto do homem que grunhia de dor não era um dos barulhos que me incomodavam. Eu ainda estava sentado no sofá de couro preto da sala do porão de uma das empresas da minha família e eu estava entediado. Meu pai ao meu lado olhando tudo com um olhar sério enquanto os dois mais famosos e leias capangas de minha mãe seguravam o homem enquanto tio Will terminava com sua pequena vingança.

Olhei para os lados procurando uma janela buscando por uma visão do lado de fora, esquecendo que não havia uma. Eu estava entediado, mas ainda assim queria ir embora. Os barulhos dos socos não me incomodavam, mas os grunhidos e gritos do homem me deixava com os nervos a flor da pele. Ele não merecia

– Vocês irão se arrepender disso! – O homem gritou limpando o sangue que escorria de seu nariz. Tio Will soltou uma risada e um sorriso presunçoso ao lado de Michael.

– Claro que iremos, eu estou usando um terno de 2.000 dólares pra sujar com seu sangue imundo – tio Will brincou enquanto ajeitava a gravata em frente ao espelho. Tio Damon bufou uma risada enquanto amassava seu cigarro no cinzeiro

John Dallas foi um sócio em uma das empresas de construção caridade para um bairro escasso que tia Emory e tio Damon comandavam fora de Thuner Bay. Até que descobriram que ele desviava o dinheiro de doações para o próprio bolso. Foi minha mãe que acabou descobrindo. Como senadora, ela tinha meios mais abrangentes para arrecadar doações

– Aquela vadia não sabe o que fala, está enganando todos vocês! Isso é tudo pra o governo dela ganhar...

Não precisou ele falar mais nada pra que eu e meu pai e tio Damon nos levantássemos rapidamente, mas eu fui mais rápido. Soquei seu maxilar o fazendo cair como uma madeira no chão, mas não quis parar. Eu agarrei sua camisa socando seu nariz mais algumas vezes enquanto ele juntava forças para desviar, mas a cada soco ele ficava mais mole. Eu terminei antes que ele ficasse inconsciente, eu ainda queria que ele prestasse atenção em cada palavra que seria dito a ele essa noite.

– Filho – meu pai me chamou, eu larguei o idiota no chão e me levantei tirando o lenço preto de meu paletó e limpando o sangue em minhas mãos. O olhei e ele tinha uma feição dura pelo ódio, mas ainda sim toda vez que eu entrava em alguma briga era sempre aquela feição de preocupação, desde aquele dia da Noite de Fogo e piorando cada vez que eu me enfiava mais nos negócios da família. Em particular as partes ilegais.

John tossiu aos meus pés cuspindo sangue.

– Seu filho da puta doente – eu sorri com seu insulto. Eu era doente pra todos eles.

Eu voltei pro sofá fiquei sentado limpando o sangue em minhas mãos enquanto os Lev chegava com mais alguns homens tirando John do Estado por ponta pés. Eu queria voltar pra Thunder Bay mais cedo o possível, eu tinha uma reunião com alguns proprietários para o novo condomínio de luxo que eu estava construindo em Washington e precisava dar permissão pra mais algumas empreiteiras.

– Você vai pra Thunder Bay? – meu pai se sentou ao meu lado e eu o olhei. Ele parecia cansado.

– Vou. Tenho uma reunião de manhã com os empreiteiros.

Ele concordou suspirando.

– Está tudo bem? – perguntei achando estranho seu comportamento.

Ele apenas assentiu. Eu sabia que não estava.

– Como tá a mamãe? – perguntei.

– Sente sua falta. Com Jett na Escócia e você em outra cidade ela... Sente muito a falta de vocês.

After Dark ── Devil's Night | Mads MoriWhere stories live. Discover now