44. adicto a ti

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MADS
Atualmente...


Era como uma recompensa. De algo que eu não fazia ideia que eu merecia.

Era como uma recompensa a ver abrir os olhos sonolenta todos os dias de manhã e eu encarar a cor de chocolate de sua íris.

Minhas manhãs viraram completamente do avesso, de uma forma que eu comecei a sorrir quando acordasse. Ela levantava disposta e depois de tomar banho, parecia que ela ficava com mais energia ainda. Como uma criança hiperativa.
Luna saia abrindo todas as cortinas do apartamento – que eu mandei trocar por brancas no dia seguinte que chegamos – e me beijava de mil maneiras diferentes antes de ir para o trabalho, que ela me proibiu de a acompanhar, pois quer conquistar a confiança dos colegas de trabalho por ela e não porque eles tem medo de mim. Não seria um trabalho difícil, Luna era um imã pros outros a amarem.

E ela estava feliz.

Mesmo que ela obviamente não estava satisfeita com o fato de eu ter que viajar a negócios logo depois de nos casarmos, mas com o trabalho no bioparque e sua animação com isso, ela havia aceito mais tranquila.

– Me liga quando chegar, por favor? – ela pediu com a voz baixa.

Era quase meia noite e nosso vôo era daqui a uma hora. Dag achou uma melhor ideia não pegarmos um jato pra ter menos suspeitas com nosso nome então pegamos um voo que quando chegarmos já iríamos começar com os negócios legais.

Eu me virei quando terminei de por minha jaqueta.
Ela continuava deitava, com o endredom cobrindo seu corpo nu, segurando em cima de seus seios depois de nos termos acalmado a futura saudade que iríamos ficar com nosso fogo.

Ela estava visivelmente chateada por ficar sozinha, mas tentava esconder a todo custo. Eu me sentia culpado cada vez mais.

Eu suspirei indo até ela me sentando ao seu lado, perdendo uma mexa do cabelo atrás de sua orelha.

– Vão ser 7 dias, meu amor. E assim que acabar eu vou voltar correndo pra você.

– Eu sei...

Eu beijei seu ombro nu.

– Eu te amo, linda.

– Eu te amo – ela tocou meu rosto e me beijou – Volta logo.

Eu estava fazendo isso por ela. Eu não ia deixar ninguém que a machucasse saísse impune.

– Você tem certeza disso? – Dag perguntou com um olhar preocupado ao meu lado.

Já fazia algumas horas que havíamos decolado, e o céu preto era minha visão da janela do avião.
Eu me segurei para não bufar. Ivar estava na frente junto de Gunnar e os dois quse roncavam no sono profundo. Eles não estavam nem um pouco preocupados sobre o que iam fazer, entendiam minhas razões e a de Ivar, mas Dag continuava preocupado. Não que iríamos ser pegos, mas que iríamos nos arrepender.

– Dag... O único arrependimento que eu vou ter é ter que mentir pra minha esposa – eu respondi massageando minha testa enquanto um comissário de bordo entregava a água com gelo que eu havia pedido.

– É que...

Ele não conseguiu terminar.

– Ele ia ter a matado se não tivéssemos chegado. E você mesmo procurou a ficha dele e viu as antigas denúncias de abuso doméstico. Luna não foi a primeira e definitivamente não irá ser a última.
Ele havia sido quem me entregou a ficha criminal dele, quando em Seattle eu entrei com esse plano com Ivar. Gaspar havia deixado uma garota no hospital aos 19 anos e foi preso por isso, mas como ele havia feito isso em outro país – Grécia – a lei do seu país o acolheu e ele apenas fez trabalho comunitário. Depois dessa menina mais garotas foram vítimas de perseguição e ameaças, até que ele agrediu a minha esposa.

After Dark ── Devil's Night | Mads MoriWhere stories live. Discover now