24. stubborn hate

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LUNA
Atualmente...

Minha costela doia pelo tempo que passei soluçando e abraçada a Indie dentro do carro. Eu sentia minha cabeça latejando e meus olhos inchados e doloridos. Agora eu estava na cas ade Indie, deitada em sua cama mais especificamente em suas pernas enquanto ela fazia carinho no meu cabelo.

– Eu vou matar ele. Talvez tia Banks me perdoe pelo que vou cometer e possa me ensinar a chutar o crânio dele.

Eu bufei um risada e funguei.

– Não, nem pense nisso. Eu não quero que você dê a luz por trás das grades.

– Eles nos levam pro hospital, sabe?

Eu respirei fundo pela boca já que meu nariz estava completamente entupido pelas horas de choro que eu tive.

– Eu só não entendo por que ele falaria aquele tipo de coisa sobre você, isso não é do Mads.

– Talvez ele ache mini saias coisa de piranha agora – eu argumentei sarcásticamente.

– Defitivamente não. Eu uso mini saia até hoje e pretendo usar até minha barriga permitir. Quero dizer que parece que ele queria...

– Me machucar? – eu completei a olhando com um falso divertimento.

– É...

– Eu não sabia que alguém poderia guardar tanto ódio assim por tanto tempo – murmurei lembrando dos olhos negros fulminando raiva do, agora homem, que eu nunca esqueci.

Eu sabia o que era ser odiada, mas o ódio que eu conhecia era superficial. Rivalidade entre garotas na minha adolescência, homens idiotas que não sabiam ouvir um não. Isso era algo que eu via como passageiro, mas não vindo de Mads. Era amargo o gosto de ser tão odiada por ele.

– Lu?

Eu levantei meus olhos para Indie usando o raro apelido depois de um longo tempo em silêncio.
Ela abriu a boca algumas vezes parecendo tentar achar palavras certas ou se deveria usar qualquer palavra.

– O que?
Ela passou a língua pelos lábios e suspirou fundo olhando para suas mãos. Eu me sentei na cama olhando para seu rosto receosa.

– O que é, Indie? – perguntei curiosa e levemente e preocupada.

Ela se virou e seus olhos tinham um pouco de lágrimas brotando.

– Quando você disse aquelas coisas antes de ir pra Espanha, eu nunca acreditei nas suas palavras.

– Como assim?

– Olha o que tinha acabado de acontecer Luna. Nada que saísse da sua boca faria sentido sendo que toda sua vida virou de cabeça pra baixo em segundos. Não foi como se fosse tivesse recebido milhares de dólares e ficado mesquinha e virado as costas pra nós. Você estava certa. Você literalmente perdeu tudo.

O bolo se fez novamente em minha garganta. Indie era minha melhor parte. De todo inferno que eu passei, de todas as vezes que eu me obriguei a virar minhas costas pra ela, ela esteve ali.

– Eu nunca vou conseguir superar o quão compreensiva você é – eu peguei sua mão e ela agarrou a minha.

– Apenas com as pessoas que eu amo.

Eu sorri e cruzei minhas pernas sentando na sua frente.

– Eu as vezes penso em como seria se eu tivesse ficado – eu dei de ombros confessando um pensamento.

– E o que você acha?

– Eu com certeza não teria feito a faculdade dos meus sonhos e não teria o currículo que tenho hoje – eu respondi – Esse é o único motivo ruim que eu consigo pensar.

After Dark ── Devil's Night | Mads MoriOnde histórias criam vida. Descubra agora