CAPÍTULO UM

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— Eu não acredito que estou cedendo as vontades do meu pai

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— Eu não acredito que estou cedendo as vontades do meu pai. — Melissa diz furiosa enquanto empurra suas roupas dentro das malas arrancando algumas risadas de sua melhor amiga. — Juro que se ele não jogasse tão sujo, não me veria nunca mais, merda! — Se irrita ainda mais quando prende sua blusa favorita no zíper enquanto tentava fechar a bagagem sobre a cama.

— Mel se acalme, ele te pediu um ano apenas. Pior seria se tivesse que a cada doze meses trocar de emprego porque não te deixa em paz. — Caroline se levanta da poltrona pra ajudar a amiga ou ela estouraria o fecho da pobre bagagem.

— O que mais me enfurece é isso. — Inconformada Mel descansa as mãos sobre a cintura ao observar a amiga arrumando suas coisas. — Descobrir que meu próprio pai sabota a filha em todas as três empresas em que trabalhei nos últimos três anos. E fica pior quando lembro do motivo pelo qual me dispensavam: cortes na empresa. Uma justificativa no mínimo ridícula como se duvidassem da minha inteligência. — Bufa ao terminar de falar.

— Seu pai pega pesado quando quer algo. — Carol coloca a mala arrumada no chão e parte para fechar a próxima.

— Enfim, aceitei a minha pena, mas você sabe que darei um jeito de reduzir a penitência. — Esboça um sorriso maléfico nos lábios.

— Tenho dó do seu irmão. — Carol tenta falar o mais baixo possível, mas Mel escuta perfeitamente o lamento de sua amiga.

— Sabe muito bem que ele não é o meu irmão! — Exclama Melissa já irritada até com a amiga.

Carol interrompe o que fazia levantando as mãos em rendição e se mantém em silêncio já que conhecia Melissa muito bem. Convivia com ela há mais de 10 anos desde que se mudaram para Inglaterra, ela faria da vida daquele garoto um inferno até ele clamar por misericórdia para que Mel voltasse correndo para Londres e o deixasse em paz. 

Sabia sobre a complicada vida familiar de sua amiga, a mãe faleceu há doze anos, e apenas um ano depois, o pai se casou com uma mulher que já tinha um filho de outro relacionamento. A princípio Ethan achou que por serem quase da mesma idade, se dariam bem. Entretanto mal colocou Ah-ri e o jovem Jungkook, que na época tinha apenas quinze anos, dentro de casa. Mel, aos dezoito, saiu pela outra porta. 

— Olha tá tudo pronto! O táxi já está a sua espera. — Carol espia pela janela da pequena casa que dividiam. Estende os braços para a amiga que estava com os olhos lacrimejados por deixar o único lugar que chamou de lar.

— Vai me ver nas férias Carol! — Diz enquanto é embalada pelos braços calorosos da sua melhor amiga.

— Sabe que irei. Boa viagem Honey e me avisa quando chegar. — Acolhe o rosto da amiga entre as mãos enxugando algumas lágrimas que caíam, sela delicadamente os lábios e a acompanha até a rua onde o carro a esperava.

Mel durante o percurso, olhava com pesar toda a paisagem que fazia parte de sua rotina. Se despedia silenciosamente das ruas de Londres e agradeceu mentalmente a Deus pelo taxista não puxar assunto, dando-lhe paz para pensar em seus próximos passos, como se já não estivessem meticulosamente calculados.

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