[EM ANDAMENTO] Melissa Carter tinha uma vida tranquila até seu pai se casar novamente com uma mulher que já tinha um filho, na época adolescente. Por não aceitar o que lhe foi imposto antes do matrimônio, Mel decide sair de casa e percorrer seu próp...
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Observava meus dedos girando insistentemente a xícara de café fumegante enquanto estava acomodada sobre a banqueta alta na copa. Aquela área se tornou um refúgio constante durante o expediente, principalmente nas últimas semanas.
Desde quando topei a ideia de me juntar a Jungkook muitas coisas que antes não me preocupavam, tornaram-se algo constante em meus pensamentos, como por exemplo: o nosso convívio.
O fato de me sentir afeiçoada por ele, foi algo pelo qual eu aceitei sua proposta. Não mentirei para mim mesma se disser que queria apenas o comando das empresas, sendo que isso pode nem acontecer pelo simples fato de possuir um útero e uma vagina. O mundo machista devora mulheres excelentes diariamente e claro eu não poderia ser a exceção, ou poderia já que pretendo lutar por cada porra de degrau que precisar subir para obter acesso absoluto ao mundo dos negócios. Entretanto, mesmo com todo meu empenho, ainda tenho muitas chances de falhar simplesmente por ser mulher. Mas porque essa ideia não me incomoda tanto quanto antes? Estou fodida ao ponto de deixar Jungkook brilhar como uma porra de um satélite apenas pegando minha luz emprestada?
Merda!
Por que isso não me atinge da mesma maneira quando pensava a respeito disso quando era em Theodore que fixava a mesma ideia?
A verdade é que não se pode comparar os dois. Não existe uma régua padrão quando se trata de Jungkook e todo o resto. Ele destoa da maioria. Nunca conheci alguém como ele e isso me assusta. Ele foge de todos os padrões machistas e misóginos que já conheci. Já lidei com homens que me deixavam em estado de alerta o tempo todo, mas ele não. Eu relaxo, abaixo a guarda e isso me deixa a sensação de fragilidade. Talvez porque somente com ele me sinta à vontade de deixar minha energia feminina exalar. Perceber que gosto quando ele cuida, protege e me acolhe. Achei que era autossuficiente nisso também, mas gostei de provar isso vindo de outra fonte, que reconheço ser até mais segura do que a mim mesma.
No início era tudo tão simples. Ler Jungkook era como abrir um almanaque infantil e ler numa passada de olhos e entender a história inteira. Percebi seus padrões de comportamento já nos primeiros minutos de contato. Sabia que quando ele ficava com picos altos de estresse gaguejava. Minha presença já era motivo disso, de disparar todos os gatilhos do garoto. E agora ele exala uma força absurda que ao invés de me repelir, puxa pra mais perto dele, como a merda de um ímã superpotente.
