capítulo 58

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GENTE eu notei que o cap tava MUITO GRANDE. ENTÃO RESOLVI DIMINUIR e dividi ele. prometi que os cap seriam pequenos, então tá aí.

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[...]

"Está machucando ele." gritei para ela com toda a força que poderia usar na voz, enquanto minhas mãos batiam contra o vidro da janela do carro, mas ela não abria a porta.

Meus olhos abrem-se com o susto, ao ouvir o som estrondoso da porta contra o carro. Por alguns segundos, meu coração parecia acelerado e me peguei respirando fundo, antes de bocejar. As pálpebras resistiam para estarem abertas e quando olhei em volta, sentindo o pescoço latejar, provavelmente por estar na mesma posição por muito tempo, percebi que já havíamos chegado. Samantha e Brandon estavam do lado de fora.

O meu senso de realidade ressurgiu, quando me dei conta que só estava tendo mais um dos pesadelos que costumava ter quando era criança. Pisquei os olhos pela última vez, a fim de conter as lágrimas causadas pelo excesso de sono, e afastei os fios de cabelo da testa, antes de empurrar a porta.

Me deparei com o frio congelante que fazia, principalmente pela brisa que corria chacoalhando as folhas das árvores, e então parei para observar. O carro estava em uma estrada deserta, e ao lado, uma floresta enorme, com troncos fortes e altos, que estavam cobertos pela neblina que pairava no ar. Era exatamente aqui. Estávamos no lugar certo.

O perfil que tracei não parecia tão assustador. Agora que posso ver de perto. A persistência em olhar para o escuro cada vez mais crescente em volta das árvores, alimenta a insistência em pensar que não deveríamos estar aqui. Por um mínimo segundo, me peguei um pouco arrependida de ter vindo. Mas, como se agarrasse uma espécie de segurança, enfiei a mão no bolso da calça para sentir o pequeno objeto, um pouco gelado, pela temperatura e o puxei para mim.

Eu o havia guardado e agora, vejo necessidade em tê-lo de volta. Tê-lo entre meus dedos. Olhei um pouco. Tão bonito... O anel que Thomas havia me dado, estava esse tempo todo no bolso da calça. Guardado, mas nunca deixou de estar comigo. Era como uma pequena lembrança que poderia carregar, para ter a certeza de que um dia, prometi que teria comigo uma parte dele que fosse me fornecer um pouco de coragem e proteção.

— Não temos uma direção ainda e não tem como adivinhar onde o tal quarto preto está. Só sabemos que está aí dentro — ouço a voz de Brandon, conversando com Sam ao lado do porta malas, me desenterrando do transe.

— Provavelmente no meio dela — Sam o responde, como se aquilo fosse mais do que perceptível.

Atravessei o anel pelo dedo anelar e caminhei até eles sem dizer nada, apenas me encostando no carro. Sam me observou de relance, mas logo deu atenção para a primeira bicicleta retirada. Não estava disposta a falar muito, e por isso não entrei na parte de que iríamos precisar de pontos de referência para que as chances de nos perdermos lá dentro diminuíssem.

— E se nos perdermos? — Brandon questionou exatamente o que pensei, em questão de nanossegundos.

— Só precisamos deixar marcas por onde passarmos e memorizar o caminho — respondi com a voz baixa, me deslocando para apanhar a terceira bicicleta.

— Acha que o quarto preto está mesmo aí dentro?

— Acho.

— E o que acha que tem lá?

Guiei a bicicleta para me aproximar mais da floresta, porém recuei um pouco antes de seguir o caminho. Estava quase escurecendo, e os sons de lá se aprofundaram pelo ambiente. Pensei por alguns segundos, mas mesmo assim, ainda não tinha uma boa resposta para ele.

A última noiteOnde as histórias ganham vida. Descobre agora