Cap. VII _ O falo

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Não sei ao certo o que aconteceu enquanto eu me engalfinhava com Jonas ali, no quintal de nossa casa.

Tampouco consigo precisar quanto tempo se passou enquanto eu tentava arrancar um tanto de seu sangue com minhas unhas.

Entrei em um surto colérico e tudo o que me recordo são vagos borrões de nossos corpos se colidindo.

Retomei a consciência ouvindo um zumbido tão intenso que parecia que meus tímpanos iriam explodir. Estava tomado pelo gosto de sangue ferroso em minha boca.

Havia também esfolado minhas coxas e braços enquanto rolava no chão de brita atracado a Jonas.

Provavelmente eu havia levado dois ou três socos na região do rosto, mas também tinha conseguido arrancar-lhe fartas lascas de pele e sangue na região do ombro e tórax com minhas garras.

Mas agora era eu quem estava caído no canto da área de serviço, zonzo demais para conseguir me levantar. Jonas firmou-se em pé ao meu lado, rígido como o tronco de uma árvore robusta.

Reparei que sua vara ainda estava hasteada. Evitei olhar para aquele relevo que destoava como um calombo em seu quadril.

Não queria acreditar que ele realmente havia sentido tesão ao sarrar em mim. Que, de alguma forma, eu havia proporcionado qualquer tipo de prazer para alguém tão babaca e repulsivo.

Foi quando percebi que eu também estava de pau duro. Sinceramente não entendi como podia ter me excitado naquela situação, depois de ter brigado com meu primo.

Ou ainda pior, depois de ser abusado por ele. Por sorte, eu estava usando avental, o que ajudou a disfarçar o volume que crescera em mim.

Não sei se Jonas percebeu que eu estava duro. Mas ele veio andando lentamente em minha direção com um olhar sádico, como se estivesse maquinando o que mais poderia fazer para me humilhar sem que seu pai ouvisse.

Chegou bem próximo a mim, parando logo ao lado de onde eu estava caído. Eu estava em pânico, no chão e, olhando daquele ângulo, ele parecia ainda mais intimidador.

Ele ameaçou me chutar, mas parou o pé logo antes de me encostar. Soltou um risinho mudo.

Só queria me ver amedrontado, acuado. Deu mais um passo à frente, de modo que cada pé estava de um lado do meu corpo. Ele em pé, eu deitado.

Inclinou a cabeça sobre a minha e soltou um cuspe quente e grosso que caiu bem no meio da minha testa, escorrendo pelo meu nariz e bochecha.

"Sua puta imunda, você ainda vai implorar pela minha pica", disse baixinho enquanto segurava o volume protuberante bem marcado no calção.

Percebi uma pequena mancha no calção, bem na região que encostava a ponta de sua vara.

Meu Deus, será que a pica dele chegou a babar enquanto ele sarrava na minha bunda? Que coisa degradante, ele havia me usado como um objeto para se masturbar?

Quis me levantar para xingá-lo, aquilo tinha passado de todos os limites, mas ainda estava zonzo e cansado demais para outra briga.

Ele já tinha ido embora, me deixando caído e com o rosto molhado com a sua saliva.

Me levantei assim que consegui recuperar o equilíbrio. Limpei meu rosto e minhas feridas na pia do banheiro.

Não eram nem sete da manhã e eu já estava muito atrasado para o trabalho. Tentei, sem muito sucesso, camuflar as escoriações e luxações com um pouco de maquiagem da minha prima Geisa.

Mas todos à minha volta pareciam reparar que eu havia levado uma surra.

Eu sabia que as provocações do meu primo só iriam piorar depois da nossa briga. Então, posterguei o máximo meu retorno para casa naquele dia.

Os Homens da Casa (GAY)Where stories live. Discover now