Capítulo dois

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Os guardas que nos arrastaram , eram fortes.

A má  sorte de Ida eu não vi , bem como o que se foi dela naquele instante.

A dor que rasgava meu corpo não  era maior a que trafegava  a minha alma.

Era o inferno.

O inferno finalmente me alcançou.

Minha vagina foi dilacerada , eles me defloraram e me estruparam várias  vezes , primeiro um, depois outro e depois outro .  Diversas vezes por várias horas , incontáveis e  intermináveis horas ,
  Eu sangrava muito .

Meu grito rouco , meu olhar louco .

De nada adiantava a minha súplica  , o meu pavor ; esperneei com meus braços fracos , eu morria aos poucos , eu estava morta , uma viva morta , mas ainda assim meus batimentos cardíacos estavam ali pulsando, batendo mesmo que fracamente.

Fiquei calada quando eles pareceram terminar com o que começaram, degustar minha nudez ensanguentada , destroçada  .

A dor piorou quando me levaram para junto de Ida,  talvez pior do que o estado em que eu me encontrava.

Eu batia os dentes , enquanto eles riam, trabalhavam e bebiam algo que não soube precisar se era água ou outro líquido alcoólico , não importava mais.

Minha irmã Ida recebeu um tiro na testa e só fiz esperar a minha vez .

A minha má sorte é  que eu fui poupada e infelizmente  ainda estava viva.

Não sei porque fui  poupada.

O que o destino me reservaria?

AMOR EM TEMPOS DE GUERRA Where stories live. Discover now