capítulo quarenta e nove

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Batel chegou esbaforida na casa que ficava fora do campo de concentração  , era já  de manhãzinha quando se apresentou à  jovem senhora alemã  que estava apreensiva andando de um lado para outro .

- Você  demorou ! falou a senhora ,-  daqui a pouco não poderei mais  te atender como deveria.

Batel esticou a mão  numa reverência  nazista antes de explanar o assunto que  trouxe aquela suntuosa casa.

- Está  feito senhora, o seu marido nunca mais porá  os olhos naquela mulher , sinto não poder vir antes.
A está altura  a prostituta está  cheia de terra morta, depois levaremos para ser cremada junto aos outros impuros.

- Se você  trabalhou bem , deverá  ser bem recompensada.

A mulher ao dizer isto encaminhou- se para uma mesa e retirou um pacote estendendo à  Batel que o recebeu com os olhos brilhando.

Batel ficou observando a silhueta da jovem alemã  enquanto ela anotava  o valor que tinha dado a guarda.

Era uma mulher altiva ,
muito alva e muito bonita e era notadamente a sua raridade, ela era alemã  de raça pura e de uma fortaleza maior do que o marido.

- E quanto as duas , às  filhas rebeldes?

- Bem, elas terão  um outro destino , não  haverá  rastro.
Pretendemos fazer com que elas e um número  de ciganos inalem um gás  venenoso que  está  chegando .

- Bem, faça  o que tem que ser feito o mais rápido  possível  sem deixar rastros.

Batel assentiu e concluiu :

- Também  já  sabemos quem foi a cigana responsável  por divulgar propaganda antinazista.

- Mate e acabe logo com isto.

Agora saia , daqui a pouco kal chegará  e ele não  pode saber que estamos a nos falar, pois logo saberá  da morte da vadia e não  quero levantar  suspeitas sobre a minha pessoa.

-- Sim, Frauher , Batel
saiu em retirada deixando Irena com seus pensamentos.

Irena se apaixonou imediatamente quando foi apresentada a Kal , a sua beleza e inteligência  a impressionaram bastante o que soube que não  tinha ocorrido com seu marido mas mesmo assim , sem uma reciprocidade da parte dele,
Casaram- se em uma cerimônia  simples e viviam bem , eles eram diferentes um do outro.

Karl não comungava com as mesmas ideologias que ela, era condescendente em muitos casos e isto a irritava.

Viviam quase que
distantes ,mas ela o amava e apesar  de terem um sexo morno quando ele a procurava, ela se contentava
Quando notou a diferença  de comportamento dele e soube por Batel que seu marido tinha um caso com uma prostituta e ainda mais uma cigana , seu ódio falou alto e enquanto seu marido viajava pôs  seus planos em execução  e com a notícia da morte da imunda , ele voltaria a deitar com ela , até  poderia tentar ter um filho.

Graças  a Deus que agiu em tempo hábil.

Tudo voltaria a ser como antes.

AMOR EM TEMPOS DE GUERRA Where stories live. Discover now