Capitulo vinte e quatro

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O homem ali na minha frente era branco e cheiroso , de um sombrio olhos azuis que rapidamente olhei  e abaixei minha cabeça  . Eu estava com vergonha e impressionada com o  guarda da SS.

Tinha que ter coragem para enfrenta-lo , visto que uma idéia  passeava por minha cabeça, bem antes do sumiço  de René  e Renate. Eu queria garantir a nossa vida ali.

-  O que você  quer?

- Onde estão  minhas filhas , saber delas.

- Porque prisioneira ?

O homem chegou para mais perto me observando, eu não  conseguia transmitir o que estava sentindo no momento, as emoções  estavam confusas para mim.

Aquele homem me intimidava, mas eu estava confiante que iria enfrentar o medo , quer dizer meio confiante.

- São minhas filhas , quero-as de volta. Minha voz soou fraca , mas falei.

O guarda da SS , aquele homem que me apavora continuou a me olhar  curiosamente;  era um contraste entre a pobreza e a riqueza , o ser poderoso e a não ser  poderosa  em nenhum aspecto.

- Você  , violou todas as
regras , está  aqui agora e porque devo acata- las? Eu sou o Frau- Her. 

- Eu sei , e sei que tem muita força, poder . Quero apenas as minhas filhas comigo até  o dia da minha morte. Porque eu sei que vamos todos morrer. Eu vou.

- Qual é  o seu nome?  , ele praticamente ignorou o número  no meu braço e ficou esperando a resposta.

-Barbel Zoka, cigana.

- Suas filhas não  se parecem com você.  Está  mentindo vaca?

- São  minhas filhas e faço  e farei de tudo por elas Frau- Her.

O homem soltou uma gargalhada estridente e ficou  logo sério.

- E em troca do que  quer a liberdade de suas  vaquinhas?

MEU DEUS,! eu já  nem sabia se tinha o que falar , mas eu tinha que falar.

- Eu sei que elas estão  lá  sei onde para mais crueldade e depois extermina- las. Sei que o Dr Menguele as quer, mas são  minhas filhas .

Eu já  tinha abandonado a pouca coragem e dei espaço  para a  súplica .

- Realmente.

Esta  foi a sua curta resposta à  minha afirmação, me descontrolando diante da veracidade dos fatos.

- Faço  o que quiserem. Me leve e deixe-as.

- Tirem está maluca daqui e a matem. Berrou ele.

- Não! Gritei e tirei a minha roupa rapidamente me desnudando dos trapos que cobriam- me.

Meu corpo nu exposto  para executar o que tinha em mente.

- Eu trabalho no  quarto que estão  criando para servir vocês.

Outra gargalhada seguida de um aceno com os braços, impedindo os outros guardas  de atirarem contra mim.

- Saiam. Falou o Frau Her.

Todos os dois saíram e somente eu fiquei ali nua.
Completamente desvairada esperando o que viria do Homem tenebroso ali na minha frente.

Me olhava como se eu fosse o que eu era mesmo.

Um nada. Um nada para ele.

AMOR EM TEMPOS DE GUERRA Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora