CAPITULO 22.5

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* Capítulo não revisado, ignorem os erros ortográficos *

**AMBER**

E aqui estou eu de novo, encarando os mesmos portões dos quais passei na primeira vez que cheguei em Saint Monica. Foi apenas a 1 ano e meio atrás, mas tantas coisas tinham mudado agora, eu mudei.

Faz 1 mes desde a minha soltura, duas semanas atrás os gêmeos foram libertos, e hoje nos encontraremos aqui nos portões de Saint Monica, para à soltura de Jesus.

Ainda não os vi, estou muito ansiosa, eu também não tive tempo de visitar nenhum deles enquanto estava com meu tio.

Levou um tempo para me adaptar a casa provisória onde morava agora, levou ainda mais tempo para me acostumar com a presença de meu tio, para ele me dar pequenos toques sem que eu surtasse.

Ele também tem tentado se acostumar comigo, e com meus pesadelos. Não está sendo fácil para ele, para nenhum de nós dois.

Um impacto nas minhas costas me tira o pensamento, e assim que me viro para ver quem me segura, encontro com a cabeleireira escura que conheço bem.

Micaela.

Me viro e a abraço com força, como senti saudades deles, de todos eles.

Os braços de Micaela me apertam com força e eu retribuo na mesma intensidade.

Minha ligação com minha não é igual a dos meninos, não é causada por traumas em comum como aconteceu com Jonas e Jesus. Mas ela é tão forte quanto.

Nossa ligação é como uma forte presença nas minhas costas quando sinto perigo, como uma retaguarda em momentos de adrenalina.

É uma proteção. Micaela e eu somos como escudos uma da outra. Sempre protegendo a nós mesma e aos meninos. Essa é a ligação que temos, forjada a base da extrema e excessiva lealdade.

Quando seu aperto se afrouxa, abro meus olhos para encarar o rosto de Jonas a minha frente.

Alto, sério, contido. Vestindo preto dos pés a cabeça. Não a tempo para ver muito mais, logo me encontro em seus braços apoiando a cabeça na curva de seu pescoço.

Sabe aqueles momentos mundanos em que estamos cansados e soltamos um alivio ao chegar em casa, ou quando abraçamos nossos avós, ou sentimos um cheiro da nossa infância, ou quando o nosso peito dói ao lembrar com carinho de alguém?

É tudo que eu sinto ao abraçar Jonas, sinto nossa ligação se entrelaçando novamente e se conectando, sinto o alivio de estar em seus braços - de sentir seu toque - novamente, sinto a nostalgia de um mês atrás, sinto tudo.

- Faz um mês, não sei porque você está nos abraçando como se fizesse décadas. - respondeu Jonas.

Ele diz isso, mas suas mãos não largaram minha cintura até agora.

- Cale a boca, Jonas! - eu e Micaela dissemos juntas antes de cairmos na risada.

Me mantive em seus braços mesmo assim. Jonas abaixou a cabeça e me encarou de uma forma totalmente sugestiva para mim. Ok isso é novo.

Foi estranho estar longe dele e de Jesus todos esses dias. É engraçado pensar que alguns anos atrás eu odiava a presença de qualquer homem perto de mim, e hoje eu senti falta desses pequeno toques com eles.

Não vejo a hora de encontrar Jesus.

- Que olhar é esse? - eu desgrudei de seu pescoço e perguntei.

Os Segredos de Amber Lewis - 1ºLivroOnde histórias criam vida. Descubra agora