Os Segredos de Amber Lewis - 1ºLivro

CAPÍTULO 2

Capitulo revisado [✔️]

eu sou uma leoa
que não tem mais
medo de deixar o mundo
ouvir seu rugido
~A princesa salva a si mesma neste livro

**AMBER**

agora...

Desci do ônibus as pressas, atropelando alguns estudantes pelo caminho, tudo pelo simples motivo de quase estar atrasada, e eu odeio chegar atrasada. Parei de correr ao chegar na porta da academia Phillipez.
Nossa é enorme, e cheira a problema de longe.

Não passava de um grande conjunto de prédios arcaico com uma enorme fachada coberta por uma camada de rochas brancas de vários tamanhos diferentes, com janelas compridas contornadas por guarnições de madeira entalhadas exatamente iguais, com uma grande entrada com apenas duas portas com o topo com arcos apuntados, com entalhes de madeira de uns desenhos acima dos quais não conheço, mas ainda era uma coisa assustadora de se ver.

Eu soube, assim que pus meus olhos nesse lugar, que na hora que eu colocasse meus pés nessa escola, todos os olhares seriam atraídos par mim, se não agora na entrada eles me encontrariam no primeiro momento em que a atenção fosse jogada em mim.

Mas eu tinha que manter meu foco, e lembrar minha única regra. Ficar o mais longe possível das pessoas da academia Phillipez, porque elas sempre trazem problemas. E eu já tenho problemas demais para lidar com o dos outros.

Dei um breve suspiro antes de adentrar na academia, e por mais que parecesse o próprio castelo mal-assombrado por fora, a academia Phillipez era totalmente igual a um colégio mundano por dentro -um colégio mundano de riquinhos- com o piso de mármore acetinado tão lustrados que conseguia ver o reflexo do meu rosto no chão e armários embutidos nas paredes laterais dos corredores com o brasão da academia entalhado nas portas.

Me sinto totalmente incomodada em andar pelos corredores daqui e compará-los pelos lugares que eu já andei. Se meu tio não tivesse ganhado sua promoção eu nunca, jamais, teria pisado em um lugar desse. Não duvidaria nada se alguém me falasse que as dobradiças das portas desse lugar são feitas de ouro.

Para falar a verdade, não sei como meu tio arrumou uma bolsa aqui para mim. Claramente se as pessoas tivessem conhecimento de quem eu sou, de onde eu estive e tudo o que eu fiz, eu não passaria nem do portão.

Fui me guiando entre os corredores luxuosos, lotados e cheios de olhares maldosos até chegar na Reitoria - que é basicamente a mesma coisa que uma diretoria - me dirijo a secretária que parecia estar com a cabeça bem longe no momento. Disse a ela que tinha uma hora com o Reitor para resolver alguns assuntos rotineiros antes das aulas, ela me pediu para esperar por uns instantes na sala de espera enquanto o reitor não chega.

Me sentei na "sala de espera" que não é nada mais que algumas cadeiras mais distantes da porta de entrada. E no meu tempo ali, fiquei olhando freneticamente para meu relógio, que por sinal devia estar errado pois já marcava 8h da manhã, mas os alunos continuavam pelos corredores.

Meus pensamentos e o silêncio da sala foram tomados pelo barulho de passo se aproximando, na grande expectativa de ser o reitor, mas foi enganada ao me virar e ver apenas a silhueta de um garoto qualquer entrar pela sala, mesmo achando que o adjetivo qualquer não se empregava bem a ele.

A secretaria pareceu encolher ao ver o mesmo em sua frente. Realmente não era algo delicado, sua postura, suas roupas e expressões estão completamente fechadas pra não dizer outra coisa. Eles trocam poucas palavras antes do garoto se virar na minha direção e me encontrar o encarando.