34. Ele é como um Conforto

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JIMIN

Saímos pela rua lado a lado, caminhando ao som daquele silêncio gostoso que é confortável quando estamos um com o outro.

No momento que viramos a esquina, eu puxo sua mão e a seguro com carinho. Jeongguk vira a cabeça para mim e, apesar de não poder ver o seu rosto agora, posso sentir que ele também está sorrindo. Eu me sinto tão feliz por ele ter se aberto comigo a ponto de pedir para ir embora que não posso evitar me aproximar ainda mais de seu corpo e começar a andar de braço dado com ele.

Céus... eu sinto que ele realmente confia em mim, e que se sente confortável o suficiente para dizer o que está sentindo e isso é tão bom para nós dois...

Ah, amorzinho...

— Aqui não é perigoso? — Jeongguk murmura baixinho, sem parar de andar.

— Acho que não, meu amor... por quê? — eu digo, rindo baixinho da sua pergunta repentina.

— É que tá tudo vazio... aí fico cheio de medo, puxa — ele diz, e é tão fofo que não posso evitar rir mais.

— Não se preocupa, meu amor, é que a vizinhança tem muito velhinho, e eles dormem tudo cedo e fica esse silêncio... eu também demorei pra me acostumar — digo, e Jungkook assente com a cabeça.

— Tudo bem — ele fala, e depois solta um suspiro. — Eu sei que você disse pra eu não pedir desculpas, mas... me desculpa se você queria ficar mais na festa e-

— Eu não queria ficar na festa, quero ficar com você — eu digo, direto. — Não pede desculpas, por favor...

— Tudo bem — ele responde, direto também. — É só que... eu fico com medo, mas eu acredito em você.

— Eu acho bom acreditar mesmo — eu digo, e escuto ele rir baixinho. — Eu sempre vou ser muito sincero com você, Guk, porque sei como isso é importante pra você... então não precisa se preocupar, tá bom? Mas também, se você se preocupar, eu não vou ficar bravo, porque entendo que é o seu jeitinho.

Por alguns segundos, Jeongguk não diz nada. Mas assim que chegamos na minha rua, ele para repentinamente para se virar e me dar um abraço muito, muito apertado. Sinto suas mãos macias tocarem minhas costas com carinho, e ele esconde o rostinho em meu pescoço, tão precioso que eu sinto que posso morrer de amores.

E antes que eu possa perguntar o que está acontecendo, Jeongguk suspira baixinho, e diz:

— Obrigado, Jiminnie... — Sua voz soa tão dengosa e carinhosa. — Puxa, eu... eu fico bem aliviado quando você diz essas coisas...

Com um sorriso no rosto, eu abraço meu amorzinho de volta, fazendo carinho em sua cabeça com o meu próprio rosto.

— Você não tem que me agradecer... — digo, e beijo sua bochecha por cima do lençol. — Te amo, e te entendo... sempre vai ser assim...

Soltando um som dengoso, Jeongguk se aninha ainda mais nos meus braços. Eu poderia ficar assim para sempre, sempre mesmo...

Depois de um tempo, acabamos nos separando para continuar o caminho até minha casa. Quando chegamos, percebo que minha mãe ainda não voltou. Acho que vai chegar bem tarde por causa do restaurante lotado...

Assim que passamos pela porta, Jeongguk pergunta dos filhotinhos do Menino, o que faz meu coração amolecer de saudades ao lembrar:

— Ai... eles tão lá na casa da minha tia. Minha mãe achou que seria melhor assim já que eu e ela ficamos fora de casa o dia todo e eles tão começando a escalar a caixa deles — eu falo, amuado, fechando a porta da frente assim que estamos dentro de casa. — Aí só vejo eles quando vou lá, meus bichinhos... que saudades...

Ele é Como Rheya {jikook}Onde as histórias ganham vida. Descobre agora