37. Ele é como meu Paraíso

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JUNGKOOK

Eu sinto como se o universo estivesse me testando.

— O campus tem quatro prédios enormes com todo tipo de coisa! Tem duas piscinas, estúdio de dança, uma estação de rádio... assim que falaram desse detalhe, lembrei de você! Aposto que você ia gostar de comandar uma estação de rádio, hein?

Pisco um par de vezes, forçando um sorriso ao concordar com a cabeça.

— É-é...

Puxa... que difícil.

São muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo. É por isso que parece um teste. Um teste que serve para ver até onde eu aguento viver sem ter uma crise de choro e, puxa, me esconder embaixo da minha cama para tremer de nervosismo.

muito acontecendo agora.

Como se não bastasse a Juna e a minha reação estranha de ontem, tem mais uma coisa acontecendo agora para me atormentar e deixar minha cabeça cheia. Estou sentado à mesa com meu pai e minha mãe, é segunda-feira, está bem cedo, e meu pai viaja de volta para a capital muito em breve.

Ele vai me deixar na escola hoje e, quando eu voltar, já vai ter ido embora, o que me deixa muito triste; mas mal consigo pensar nisso no momento porque estou ocupado ficando apavorado por causa do assunto que tomou a mesa de café hoje:

O colégio Dallas.

Tudo começou essa manhã. Juna ainda estava dormindo quando o resto de nós saiu da cama — o que ajudou a manhã a começar agradável e leve — e descemos para comer juntos, do jeitinho que era antes do meu pai trabalhar na capital. Por um momento, senti que as coisas haviam voltado ao normal, e estava tudo bem. Mas só até o meu pai começar a falar, animado, sobre uma das instituições mais prestigiadas do país: o colégio Dallas.

O colégio que fica na capital, bem longe daqui, e que em breve, iniciará as provas de seleção para os alunos que querem ganhar uma bolsa de estudos para o ensino médio. O mesmo colégio que meu pai falou sobre há alguns meses, e que acaba de se tornar um assunto recorrente aqui em casa.

Puxa vida. Não é preciso muito para saber que meu pai quer muito que eu faça essa prova e estude lá, certo?

Puxa. Eu não consigo me imaginar estudando e vivendo em qualquer lugar que não seja aqui. Não consigo me imaginar na capital, longe dos meus amigos, longe do... Jimin.

É quase impossível conseguir disfarçar meu incômodo e desânimo conforme meu pai vai falando mais e mais sobre o colégio. Eu não quero que ele perceba que não quero tentar, porque ele está tão feliz com a ideia. Minha mãe parece muito animada também, o que só deixa tudo ainda mais difícil para mim...

Puxa... eu gosto muito de deixar meus pais felizes e orgulhosos. Odeio decepcioná-los e deixá-los desanimados. Apesar de saber que eles não me culpariam por não querer tentar, nem por não querer ir, eu ainda sinto que devo deixá-los satisfeitos e alegres a todo custo.

Eu sei que não é verdade. Sei que não preciso provar que eles fizeram a escolha certa ao me... adotar. Sei que eles me amam independente de tudo.

Mas às vezes, é tão... difícil.

Meu pai falou sobre esse colégio algumas vezes esse ano, principalmente por telefone. Ontem, durante o jantar, ele também fez um comentário breve sobre isso, mas nada que me fez ficar nervoso. Tudo ficou pior há cinco minutos atrás, quando meu pai sugeriu que eu fizesse a prova enquanto me servia uma xícara de café fresco.

Ele é Como Rheya {jikook}Onde as histórias ganham vida. Descobre agora