10. Ele é como uma Maçã do Amor

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JIMIN

— Por favor, Menino. Vamos! — peço mais uma vez, remexendo-o no chão. — Eu sei que você gosta de dormir na porta, mas eu preciso dela hoje!

Coloquei a mão sob o peludo gordinho, o acolhendo em meu abraço e levando-o até a poltrona mais próxima. Isso até ele se levantar e correr para a porta novamente, deitando-se lá preguiçosamente.

— Você não tem modos mesmo. — Dei risada, o desistindo e deixando-o ali.

Joguei as almofadas para todos os lados e tentei mudar as coisas de lugar. Mas minha casa é maravilhosa e não tem como deixar melhor. Ah, e não é modéstia a parte. É só o orgulho que sinto da minha mãe por ter decorado o lugar tão bem. Às vezes acho que ela pode ser decoradora e artesã profissional de tão bonito que tudo é.

Chequei a geladeira só para ver se teria algo gostoso para comer mais tarde. Depois, fui até meu quarto me trocar e o ajeitar, descendo as escadas e indo diretamente para a varanda, tendo de desviar do gato dorminhoco cuidadosamente.

Já eram nove e dez quando, sentado na escadinha de minha varanda, vi Jungkook surgir da esquina, em sua bicicleta vermelha, pedalando suavemente pela rua da vizinhança.

Pude sentir as maçãs do rosto queimando por pura animação. Me levantei de supetão, descendo as escadinhas com pressa e correndo até a calçada. O vi sorrir quando me avistou e, acenando loucamente, Jungkook atravessou a rua com sua bicicleta. Seu rosto também estava rubro e ele fez mais uma curva antes de se aproximar, subindo minha calçada ainda sobre a bike e descendo do banco com a mesma em movimento.

Descolado.

— Oi!

— Oi!

Falamos ao mesmo tempo. Rimos igualmente.

— Ei... até que eu não demorei muito para chegar — Jungkook disse, segurando a bike pelos guidões.

— Verdade, verdade — eu disse, nervoso. — Meu gato estava dormindo na porta, então não fiquei aqui fora por muito tempo... — falei, fazendo-o rir por um momento. — Vem cá. É melhor guardarmos sua bicicleta lá atrás.

— Tá bem.

Caminhamos juntos até os fundos, num completo silêncio. Minhas mãos estavam suando e meu rosto ardendo. E logo, Jeongguk encostou sua bicicleta na cerca e olhou curioso para o pequeno "jardim" perto da janela da minha cozinha.

— Oh... — Ele se aproximou das flores.

— É, eu... estou tentando fazê-las crescerem antes do aniversário da minha mãe — falei, as olhando consigo.

— São flores? — ele perguntou. Me abaixei junto de si para vê-las melhor.

— Sim. Aqui. — Toquei sutilmente a pétala miúda de uma delas. — É uma orquídea.

— E essa uma margarida — ele completou, tocando a outra. Eu pediria para ele ser cuidadoso com as mesmas, mas Jeongguk parecia ter mais carinho com as plantinhas do que eu.

— Sim, isso mesmo. Ah. E esse é o capim limão. — Apontei para o mesmo que mais igualava-se a mato e, por algum motivo, nós rimos disso. — Demora para crescer, mas quando cresce, não para mais.

— O que se faz com capim limão? — ele perguntou, me fitando de soslaio.

— Chá! Fica muito gostoso — respondi. — Vamos entrar, eu faço uma caneca para você. — Me levantei, junto dele.

— Ok... — Sorriu, me seguindo casa a dentro.

JUNGKOOK

É tudo bonito demais.

Ele é Como Rheya {jikook}Onde as histórias ganham vida. Descobre agora