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AEMOND TARGARYEN
𝒦𝒾𝓃𝑔𝓈 𝐿𝒶𝓃𝒹𝒾𝓃𝑔 140𝒟𝒞

Aemond não sabia porque havia pedido uma dança para a sobrinha como prenda já que poderia ter pedido algo para humilha-la e fazê-la sentir vergonha ou medo. Mas não, ali estava ele se encarando no espelho de seus aposentos enquanto tirava o tapa olho observando a cicatriz com ódio, a garota era debochada e ele estava gostando de a tirar do sério fazê-la ficar vermelha de raiva.

Encontrá-la no fosso foi uma surpresa para o homem, acreditava que o dragão da menina não havia eclodido e que ela jamais seria capaz de domar qualquer dragão de Westeros mas lá estava a mulher de pé ao lado do poderoso Canibal o sangrento, comedor dos seus. Tentou não sentir uma pontada de orgulho dela pois a Visenya de dez anos atrás iria rir se ele a dissesse que teria coragem para tal e sentiu-se curioso para saber como ela tinha domado a fera perigosa. A surpresa era nítida no rosto dele quando viu o dragão que agora pertencia a Visenya, mas sanou as dúvidas sobre como ela havia chego a Porto Real tão depressa.

Aemond tirou as roupas de montaria e adentrou a banheira quente lavando o cheiro forte de dragão, sua visão era limitada ao olho direito mas ele podia ver claramente durante o voo a felicidade da mulher montada e em como seu dragão a obedecia.
Soltou um bufo pesado, porque ele ainda pensava nela? Devia odia-la e afastar o rosto bonito da mulher de sua mente mas ao invés disso só conseguia manter-se pensando em como ela cheirava bem e em como estava extraordinariamente bela. Os cabelos estavam ainda maiores e os olhos violetas mais vivos do que se lembrava mas ela agora também era afiada e desafiadora.

Ele sabia que tinha de ser manter impassível em relação a Visenya na presença da mãe e de Otto já que os dois odiavam a família de sua meia irmã e Alicent tinha conhecimento do relacionamento antigo do filho com a sobrinha, talvez ele tenha cometido um erro ao pedir a dança mas mesmo assim não sentia qualquer pontada de arrependimento.
Iria estar próximo o suficiente da mulher para inalar aquele cheiro maravilhoso de baunilha misturado com rosas, olharia naquela imensidão violeta e admitiu sentir prazer ao ver o corpo da mulher responder a suas investidas por mais sádicas que fossem.

Saiu da banheira e logo estava vestido nas roupas pretas de sempre, tomou seu desjejum e armou-se de sua espada. Não gostava de criadas o ajudando para as coisas, quando perdeu o olho todos o seguiam para qualquer canto que fosse e faziam tudo por então ele irritou-se e ordenou que não queria ninguém a sua volta e que faria tudo sozinho, desde limpar a ferida ainda fresca até preparar seus banhos e se vestir.

Saiu do quarto e caminhou até a área de treinamento vendo-a vazia, Sor Criston a aquela hora já devia estar servindo sua mãe então decidiu treinar sozinho, desembanhou a espada e começou a golpear os bonecos de palha espalhados pela arena descontando todo o seu nervosismo, raiva e ansiedade na palha seca que logo se desfazia pelos golpes duros e poderosos.

- Meu principe - Sor Criston chamou sua atenção fazendo o homem virar o corpo para ver o soldado - Sua majestade a rainha exige a sua presença na sala da mão.

Ele resmungou um "Hum" e guardou a espada iniciando a caminhada até a sala onde o avô mantinha suas reuniões particulares, boa coisa não podia ser e ele sabia disso.
Adentrou a sala e viu sua mãe e Otto conversando rapidamente em sussurros próximo a janela.

- Mãe, Otto - ele cumprimentou simples ao adentrar o ambiente

A rainha virou-se e sorriu levemente não demonstrando muita emoção já o avô apenas balançou a cabeça.

- Já pode ir Sor Criston - a monarca disse suave e observou o cavaleiro sair e fechar as portas atrás de si.

- Bom, qual seria o motivo da minha presença? - Ele adiantou-se

᪥𝕭𝖑𝖔𝖔𝖉 𝕾𝖙𝖔𝖗𝖒᪥ - 𝓐𝓮𝓶𝓸𝓷𝓭 𝓣𝓪𝓻𝓰𝓪𝓻𝔂𝓮𝓷Onde histórias criam vida. Descubra agora