35

4.7K 298 120
                                    


AEMOND TARGARYEN
𝒦𝒾𝓃𝑔𝓈 𝐿𝒶𝓃𝒹𝒾𝓃𝑔 140𝒟𝒞

O caolho guiava a sobrinha por dentro das passagens carregando a tocha em uma das mãos enquanto a outra estava apoiada nas costas dela, a mulher tinha o olhar vago no caminho a sua frente, o rosto cheio de sangue assim como os cabelos e as vestes. Aemond baixou seu olhar para ela notando o quão diferente era aquela Visenya daquela que ele encontrava todas as noites para o jantar, aquela mulher ali ao lado dele era silenciosa e carregava um olhar assombroso da morte nos olhos púrpura. O homem desviou o olho do rosto da sobrinha e deixou a tocha se apagar no chão, empurrou a porta e abriu espaço para os aposentos dela.

- Você está bem? - ele perguntou a puxando pelos ombros, a luz da lareira que queimava lá dentro iluminava o rosto dela.

- Estou - o olhar arroxeado se prendeu nele - Desejo apenas me limpar e dormir - a mulher tirou os fios ensanguentados do rosto

- Precisa de ajuda? - passou os dedos pela testa dela a ajudando a descolar o cabelo que se prendia ali.

- Para me banhar? - então ela sorriu pela primeira vez - Não, você ainda pode me ver sem roupas, tio. - então se afastou dele passando para dentro do quarto - Gostaria de agradece-lo por ter ajudado-me hoje - Sussurrou segurando o batente da porta.

- Eu jurei que iria e cumpri com a minha palavra - o homem apoiou as mãos no cabo da espada

- Então devo-lhe uma por isto - sorriu a moça, ela ajeitou o arco nas costas e olhou para trás conferindo o quarto - Preciso me limpar, boa noite Aemond.

- Visenya - ele balançou a cabeça em concordância assistindo-a fechar a porta e sumir para dentro.

Ele ficou parado alguns instantes ali apenas ouvindo o que ela fazia lá, escutou o som de passos e o arco sendo deixado de lado assim como o farfalhar de roupas sendo retiradas. Logo o barulho de água foi captado pelos ouvidos aguçados do platinado e ele forçou-se a permanecer parado evitando invadir os aposentos da noiva e deleitar-se com seu corpo nú. Era tentador de mais saber que a mulher estava desnuda dentro de uma banheira a poucos passos dele, desejava mira-la fora de suas vestes totalmente nua em sua visão, com o corpo curvilíneo exposto para si. Aemond mordeu o lábio inferior encostou a cabeça na porta fechando os olhos, segurando os impulsos que tomavam conta de si e o mandavam abrir aquela porta que bloqueava sua visão, ele grunhiu e se afastou abruptamente caminhando para longe dos aposentos de Visenya.

Ele andou rapidamente na escuridão das passagens fazendo uma curva ou outra sem dificuldade, entrou em seu quarto e jogou a espada de sua cinta sobre a cama tirando a capa que o cobria. Pegou uma taça e a preencheu com o vinho doce que jazia na jarra esquecida na mesa de cabeceira, bebeu o conteúdo de uma vez sentindo sua respiração um pouco ofegante, soltou o cálice e tratou de tirar as próprias roupas assim como o tapa olhos e entrar na banheira fria, o banho gelado foi bom para seus nervos a flor da pele e para o calor que o aquecia por dentro. Limpou-se do sangue seco que cobria sua pele e lavou os cabelos longos tão encharcados pelo sangue quanto os de Visenya, seus pensamentos o levaram até ela novamente.

A forma com que lutava era idêntica ao pai, até mais graciosa arriscou-se em pensar, a raiva ardente que consumia os belos olhos violetas e a maneira como matou e decepou aqueles homens o deixavam ainda mais atraído para a sobrinha. Aemond encostou-se na banheira e apertou a testa com uma das mãos, amanhã estaria casado com ela e não podia estar mais contente com tal pensamento, a aquela hora no dia seguinte a mulher estaria nua junto dele em um quarto, sozinhos, faria tudo que quisesse com ela desbravando aquele corpo majestoso a ouvindo gemer seu nome.

- Merda... - Grunhiu quando os pensamentos devassos trouxeram o calor para ele novamente, mesmo estando enfiado na banheira gelada.

Aemond fechou o olho e deixou os dois braços encostados na borda da banheira, seu coração batia forte no peito, os anos de espera por sua vingança acabaram se tornado nada pra ele no momento em que viu a sobrinha pela primeira vez adentrando a sala do trono ao lado de Viserys usando uma armadura e empunhando uma espada, era a própria rainha Visenya Targaryen I reencarnada. Forte, poderosa e avassaladora, os olhos lilases puxavam sua alma toda vez que focavam-se em si, no início rancorosos e cheios de ódio e agora carregavam interesse e ele podia jurar detectar desejo naquelas profundezas violetas.

᪥𝕭𝖑𝖔𝖔𝖉 𝕾𝖙𝖔𝖗𝖒᪥ - 𝓐𝓮𝓶𝓸𝓷𝓭 𝓣𝓪𝓻𝓰𝓪𝓻𝔂𝓮𝓷Where stories live. Discover now