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𝓓𝓸𝓻𝓷𝓮: 𝓢𝓸𝓵𝓪𝓻𝓮𝓼𝓽𝓲𝓿𝓪𝓵 140𝓓𝓒

O calor do sol ardente contra a pele molhada era uma dádiva para Visenya, esta que se entendia deitada sobre uma toalha no gramado curto da clareira. O calor remanescente secava as gotas que escorriam por suas costas nuas já que deitava-se de bruços, secava seus cabelos e dava a ela uma sensação boa de preguiça e sonolência.

- Dormiu?

A voz de Aemond a fez abrir os olhos e piscar algumas vezes, ergueu a cabeça do encosto de seus próprios braços e a virou na direção do marido - Ainda não - sorriu

- Ainda? - questionou ele sorrindo de volta

- Se eu continuar deitada aqui, acabarei dormindo, pode ter certeza. - Murmurou, virando-se pra ele.

Aemond também estava deitado, mas trajava de volta as calças de linho na parte de baixo do corpo, ao contrário dela que continuava nua. Ele não fazia o uso do tapa olho e a safira brilhava em contato com a luz forte do sol dornês.

- Tem fome? - perguntou - As criadas prepararam lanches.

Com muito esforço sentou-se sobre a toalha e tirou o cabelo já seco do rosto, prendendo num coque alto no topo da cabeça. Vestiu sua nudez com a camisa dele e puxou a cesta de comida para perto, vasculhando seu interior.

- Os bolinhos de limão são meus - determinou ela, trazendo os doces para si e os deixando na toalha onde se sentava.

- Muito bem, eu fico com as torradas e o queijo - ele sentou-se também tirando o cantil de vinho para que pudessem beber. - E não coma todas as uvas! - reclamou

Visenya riu, com a boca já cheia por uma uva verde, grande e suculenta. - Minha fruta favorita, não pode me negar este deleite! - exclamou

- Não irei, mas compartilhe, não aprendeu este tipo de cortesia quando menor? - ele resmungou

- Sim, mas tenho muitos irmãos mais velhos e aprendi a ser egoísta também. - respondeu

Ela o assistiu revirar o olho enquanto dava uma golada no cantil cheio do vinho doce e agradável de Dorne, puxou o objeto para si e bebeu também um grande gole já que o calor era intenso e secava sua garganta. Os dois comeram em silêncio, apartir dali compartilhando os lanches e quitutes de dentro da cesta sem reclamações, Visenya apreciava aqueles momentos na companhia do tio já que eram neles que podia observar a fisionomia do homem com mais paciência, delimitando o rosto com os olhos e descendo-os para o corpo esguio e musculoso.

Não era estranho para ela que estivessem casados, gostava disso mais do que pensou que gostaria e apreciava a vida de casada. Tinham momentos quentes, estes que faziam-na corar quando lembrava-se em momentos inoportunos, a forma como a tocava e beijava era tão intenso que parecia até uma veneração a seu corpo. A união com Aemond estava dando certo até aquele presente momento, certo que faziam poucos dias mas na antiga opinião da princesa, estariam se matando logo no primeiro e isso não havia acontecido ainda e já faziam três dias desde que se casaram.

- No que pensa? - ele quebrou o silêncio

- Em nós - foi direta

- Em que sentido? - questionou

- Acho que em todos - uma risada deixou os lábios corados - Há não muito tempo atrás estávamos nos jurando de morte, não achei que nosso casamento daria certo de forma alguma.

- O sexo ajudou muito - ele lhe balançou as sombrancelhas

Visenya rolou as iris violetas com um sorriso leve nos lábios - Você é constantemente muito pervertido - pontuou

᪥𝕭𝖑𝖔𝖔𝖉 𝕾𝖙𝖔𝖗𝖒᪥ - 𝓐𝓮𝓶𝓸𝓷𝓭 𝓣𝓪𝓻𝓰𝓪𝓻𝔂𝓮𝓷Where stories live. Discover now